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O chefe do Executivo norte-americano, Donald Trump, declarou no domingo (28) que as conversas com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, avançaram de forma significativa em direção a um possível entendimento para encerrar o conflito no Leste Europeu. Apesar do progresso, ambos admitiram que ainda existem pontos sensíveis que exigem negociações adicionais.
As declarações foram feitas após um encontro entre os dois líderes na propriedade de Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida. Segundo o presidente dos Estados Unidos, o desfecho das tratativas deverá se tornar mais claro dentro de algumas semanas, período que considera decisivo para avaliar se o diálogo resultará em um acordo concreto.
Zelensky afirmou que houve consenso em relação a mecanismos de segurança voltados à proteção da Ucrânia no pós-guerra. Trump, por sua vez, adotou um tom mais prudente, avaliando que as negociações já alcançaram um estágio bastante avançado, mas ressaltou a necessidade de maior envolvimento dos países europeus na sustentação política e operacional do eventual acordo, com respaldo dos Estados Unidos.
O líder ucraniano também reiterou o desejo de flexibilizar propostas apresentadas por Washington que envolvem a retirada total das forças ucranianas da região de Donbas, no leste do país. Essa exigência, defendida por Moscou, implicaria a perda de áreas atualmente controladas por Kiev, tema que segue como um dos principais entraves das negociações.
Impasses regionais
Durante a entrevista, Trump e Zelensky reconheceram que o futuro do território de Donbas ainda não foi definido. O presidente americano classificou o tema como um dos mais complexos do processo, mas indicou que há avanços graduais em direção a uma solução.
Antes da chegada da delegação ucraniana à Flórida, Trump manteve uma conversa telefônica com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. O contato foi descrito por Trump como positivo, enquanto o Kremlin afirmou que o diálogo ocorreu em clima cordial.
De acordo com Yuri Ushakov, assessor de política externa do governo russo, Putin manifestou oposição a uma proposta de cessar-fogo temporário de 60 dias defendida pela União Europeia em conjunto com a Ucrânia, alegando que a medida apenas prolongaria o conflito. Ainda segundo o assessor, Moscou considera urgente uma definição por parte de Kiev sobre a situação do Donbas.
Ushakov informou também que o governo russo concordou com a criação de grupos técnicos para tratar do conflito, com foco em temas econômicos e de segurança, como parte de uma possível estratégia para viabilizar avanços diplomáticos mais amplos.

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