segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

CNU ocorre sem problemas e 80% dos candidatos comparecem à prova


Marcelo Camargo/Agência Brasil

A prova discursiva da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2025) foi realizada neste domingo (7), envolvendo 42 mil participantes distribuídos por 228 cidades. O processo seletivo oferta 3.652 oportunidades em 32 instituições federais.

Entre os habilitados para esta fase, 80% estiveram presentes, enquanto 20% — cerca de 8,5 mil candidatos aprovados na prova objetiva — não compareceram à etapa discursiva. Na fase inicial, aplicada em setembro, a taxa de ausência havia sido de 42,8%.

Os primeiros resultados, acompanhados do espelho de correção, devem ser divulgados em 23 de janeiro. Os candidatos poderão enviar recursos nos dias 26 e 27 do mesmo mês. A publicação da lista definitiva dos aprovados está programada para 20 de fevereiro.

Logo após o encerramento da prova em Brasília, a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, celebrou o bom andamento da aplicação. Segundo ela, todos os materiais chegaram aos locais sem qualquer problema, e o processo ocorreu de maneira tranquila graças ao planejamento prévio.

Os estados com os maiores índices de ausência foram Acre (27%), Amazonas (26%), Espírito Santo (26%), Rondônia (26%) e Santa Catarina (26%). Já as menores taxas foram registradas no Distrito Federal (15%), Piauí (17%) e Rio Grande do Sul (17%). Esther destacou que o percentual ficou dentro do previsto para um concurso com mais de uma etapa e que a participação superou a do primeiro CPNU, além de estar acima da média de outros concursos públicos.

Somando as seleções realizadas entre 2023 e 2026, o governo federal terá chamado cerca de 22 mil novos servidores, sem contar universidades e institutos federais, que possuem reposição própria feita pelo Ministério da Educação.

A ministra reconheceu que esse número é inferior ao necessário, considerando que, ao longo da última década, aproximadamente 180 mil servidores deixaram os quadros da administração pública. Mesmo assim, afirmou que as convocações feitas neste governo contribuem para o fortalecimento da máquina pública.

Ela lembrou que, no início do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo enfrentava limitações para implementar políticas públicas, tanto pela falta de pessoal quanto pela ausência de estrutura adequada. Dweck ressaltou que o ministério foi criado justamente para recuperar a capacidade operacional do Estado.

Segundo estimativas do MGI, cerca de 180 mil servidores devem se aposentar nos próximos dez anos. Para a ministra, o ideal seria que o Concurso Público Nacional Unificado ocorresse a cada dois anos, de forma semelhante ao modelo adotado pelo Itamaraty, permitindo renovação contínua e previsibilidade administrativa.

Participação feminina

Na segunda fase do CPNU, as mulheres foram maioria, representando 57,1% dos candidatos classificados, enquanto os homens corresponderam a 42%. Esther Dweck explicou que esse resultado é consequência da política de equiparação de gênero adotada entre as duas etapas.

Esse mecanismo garante que, quando o número de homens aprovados é superior ao de mulheres, mais candidatas sejam chamadas para equilibrar a proporção. Sem essa regra, segundo a ministra, os percentuais teriam ficado próximos de 50% para cada gênero, alterando significativamente a distribuição atual.

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