quarta-feira, 8 de maio de 2019

Filho de Bolsonaro propõe expulsão de estudante que depredar patrimônio público

Para Eduardo Bolsonaro, os jovens que entraram armados na escola de Suzano também estariam em condições de realizar um massacre se tivessem usado pedaços de metal Foto: Jorge William / Agência O Globo/12-12-2018

BRASÍLIA — O deputadoEduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro,apresentou um projeto para que um estudante condenado por depredação de patrimônio público, ainda que apenas em âmbito administrativo, seja expulso. O projeto do parlamentar prevê, além da expulsão, a recusa de matrículas em outros estabelecimento oficiais de ensino.

"Serão desvinculados compulsoriamente e terão recusadas as matrículas nos estabelecimentos oficiais de ensino, os discentes que forem condenados administrativamente ou judicialmente em casos de depredação do patrimônio público", prevê o projeto.

O texto sugerido pelo parlamentar prevê que o aluno terá direito de apresentar "alegações" e "documentos" antes da decisão, para que seja respeitado o "contraditório" e a "ampla defesa". Na justificativa da proposta, Eduardo Bolsonaro sugere enquadrar pichações como exemplo de depredações.

"A depredação do patrimônio é um fenômeno observado e tratado com naturalidade e muita tolerância em quase todas as instituições públicas de ensino. Ela se manifesta por meio das constantes pichações nas paredes e carteiras, no quebra-quebra de cadeiras, mesas e maçanetas de portas, bem como, através de tantos outros tipos de violência contra um espaço físico. Vale ressaltar que essa depredação aqui mencionada é praticada de forma intencional e voluntária e na grande maioria das vezes pelos próprios alunos", escreveu o deputado.

Eduardo Bolsonaro sugere que a proposta tem um caráter educativo por ressaltar as despesas geradas pela depredação. "É necessário conscientizar o cidadão de que o dinheiro gasto para a compra e conserto dos bens recebidos, principalmente nas escolas, provém dos impostos arrecadados e os recursos gastos com reformas, reposições, consertos e outras ações, poderiam ser aplicados em benefícios para a própria comunidade escolar", afirma, ainda na justificativa.

A proposta foi apresentada no dia 27 de fevereiro e será analisada pela Câmara.

Eduardo Bolsonaro publicou o projeto em sua conta no Twitter, destacando a iniciativa. Uma internauta sugeriu que a pena fosse aplicada também a aluno que batesse em professor. O parlamentar gostou da ideia.

"Ao projeto cabem emendas (alterações). Boa ideia ", respondeu o deputado.

*O Globo.

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