A deputada estadual Patrícia Aguiar (PSD) abordou, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa desta quarta-feira (29/05), a condição dos idosos na sociedade brasileira. A parlamentar lamentou a ausência de uma política específica no País para este segmento, assim como clínicas de geriatria com atendimento popular.
De acordo com a deputada, também falta reconhecimento tanto da sociedade quanto do Poder Público dos idosos, que deveriam ser defendidos e honrados. Ela aponta que, apesar das várias ações já realizadas em proteção a estas pessoas, ainda há muitos desafios a superar.
“Temos apenas dois leitos geriátricos no Ceará e em torno de 30 geriatras para dar assistência a uma população de mais de um milhão de habitantes”, salientou Patrícia Aguiar. A deputada manifestou preocupação com a significativa parcela da população idosa que ainda vive na extrema pobreza, sem acesso a direitos básicos de saúde, medicamentos, alimentação e habitação.
“É fundamental este grito de alerta para que a sociedade cultive o respeito aos idosos e para que o Poder Público, por meio da União, faça repasses financeiros aos estados e municípios, para assim planejarmos de forma eficaz uma política pública voltada aos idosos”, assinalou a parlamentar.
Patrícia Aguiar também destacou a importância do Guia do Idoso no Ceará, disponibilizado pelo Conselho Estadual do Idoso, elaborado em parceria com o Governo do Estado, Associação das Primeiras Damas dos Municípios do Ceará (APDM/CE), entre outras entidades. O documento apresenta um roteiro de orientações completo sobre as Políticas e Direitos dos Idosos no Estado.
“É preciso enxergar o lado dos desassistidos, dos que não têm onde morar nem o que comer, dos que não têm nem saúde nem esperanças. E dentre esses, a situação mais lastimável é a dos velhos, porque são, em dimensão suprema, o retrato da nossa ingratidão”, pontuou Patrícia Aguiar.
Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PP) parabenizou a colega pela sensibilidade ao tema. “É muito importante e relevante trazer à tribuna a preocupação com esse cuidado e zelo que devemos ter com os nossos idosos, aqueles mais vulneráveis e que não têm mais capacidade de trabalhar e se autodefender”, avaliou. "Precisam haver políticas públicas para amparar essa faixa etária da população”, acrescentou Leonardo Pinheiro.
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