Para o parlamentar, há diferenças de pensamento dentro do campo democrático. “Na democracia há divergência, há visão contrária. Por exemplo, a nossa visão cabe na democracia, o que não cabe é visão antagônica”, pontuou.
Salmito explicou a diferença do pensamento contrário e o antagônico. “Na visão contrária tem a sobrevivência dos dois lados que pensam de forma diferente. Na antagônica, um lado não aceita a existência do outro. O parlamento é o palco da democracia, não na retórica, mas da prática”, explicou.
O deputado acredita que, na democracia, não é adequado a “aniquilação” do próximo por causa de ideias distintas. “Às vezes estamos convencidos de que estamos certos e tentamos convencer o outro, mas não é preciso aniquilar o outro porque divirjo. Na concepção democrática, vale a visão contrária. Quando a visão só sobrevive de um lado, aí é regime autoritário. Isso vale para quem é de direita e de esquerda”, afirmou.
Salmito ressaltou que não tem nenhum problema em pensar diferente do próximo. “Na minha concepção, tendo como pano de fundo a democracia, não tenho nenhum problema com a divergência, que é salutar. Isso é uma das riquezas do Parlamento, daí a importância de se ter argumentos consistentes, e não o discurso de autoridade, mas o argumento citando a fonte. Isso vai qualificando o debate”, defendeu.
*Com AL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário