Apenas 3,5% das crianças matriculadas até o 2º ano do Ensino Fundamental não estão alfabetizadas no Ceará.
“Nós crescemos em todas as médias de proficiência. Crescemos na alfabetização e crescemos em português e matemática nos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental. Um destaque importante é que na alfabetização nós reduzimos para o menor percentual histórico a condição de crianças não alfabetizadas, atingindo 3,5%. Claro que nós queremos zerar isso, mas é algo que orgulha o Ceará. Não há estado no Brasil que tenha esses indicadores que o Ceará tem alcançado”, comemorou Camilo. Em 2007, o número de crianças cearenses não alfabetizadas atingia a média de 47,4%.
O Spaece avalia as competências e habilidades dos alunos dos ensinos Fundamental e Médio de escolas estaduais e municipais, em português e matemática. A avaliação de 2018 teve o melhor resultado histórico da Alfabetização e Ensino Fundamental. Um fato diferenciado foi a redução de forma significativa de alunos, escolas e municípios com situações mais baixas de aprendizagem, elevando-os para os níveis mais adequados.
Camilo Santana acredita que isso é fruto do trabalho iniciado há mais de uma década na área. “Mais uma vez o Ceará, fruto do trabalho de professores, coordenadores, diretores, prefeitos, secretários de Educação, atinge bons resultados. O trabalho que o Ceará tem feito desde 2007 é um trabalho união, pactuação pela educação, com foco, meta, premiação. Isso tem feito o Estado ser destaque nacional e até internacional nos resultados de aprendizagem”, ressaltou.
Em 2007, o Ceará criou o Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic) com foco na proficiência dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental. Em 2011, o programa expandiu as ações para os estudantes do 3º, 4º e 5º anos. Quatro anos depois, o Estado lançou o Mais Paic, ampliando as estratégias para alunos do 9º ano da rede pública.
Perguntas e respostas
Como de praxe, o governador aproveitou a conversa para responder os questionamentos feitos pela população. Sobre a recuperação das rodovias cearenses anunciada há algumas semanas por ele, o chefe do Executivo estadual informou que as intervenções vão ter início com o final da quadra chuvosa. “A gente tem feito um volume considerável de investimentos rodoviários no Ceará. É claro que com essa intensidade de chuvas nesse ano uma série de danos foram causados às nossas estradas. Solicitei um mapa das estradas que estavam precisando de uma reforma total ou restauração e já autorizei R$ 150 milhões para recuperá-las. Estou apenas aguardando finalizar este mês de maio a questão da chuva, porque não adianta iniciar a obra ainda chovendo. São 1.754 quilômetros que serão recuperados de imediato, assim que cessar a chuva”, comunicou.
Ao ser solicitado para contribuir com a melhoria do Hospital IJF, na capital cearense, Camilo Santana citou a obra de ampliação da unidade que vem sendo realizada pelo Estado e Município. “O IJF é um hospital do município de Fortaleza. Nós temos uma parceria na construção do IJF II, sendo 50% do Estado e 50% do município na obra e compra de equipamentos. Já foram liberados mais de 130 novos leitos para acabar com o problema do corredor. A gente tem procurado colaborar também com os hospitais municipais para ajudar a melhorar a qualidade de vida da população de Fortaleza e do Ceará”, enfatizou.
Sobre a ressocialização de detentos do sistema prisional cearense através do trabalho, o governador explicou que já existem ações nesse sentido e novas parcerias vão ampliar essa política. “Estamos estruturando nossas unidades para colocar os presos para prestarem serviços. Inclusive, muitas das obras que estamos fazendo nos presídios estamos utilizando a mão de obra dos próprios presos. Eles também estão produzindo bolas de futebol, material esportivo. O secretário Mauro (Albuquerque, da Administração Penitenciária) esteve com a Federação das Indústrias do Ceará. Vão ser ofertadas 4 mil vagas para que egressos (do sistema) e detentos possam fazer atividades. É preciso ocupar esses presos e essa é uma das nossas metas”, disse Camilo.
Sobre o projeto de lei que está na Assembleia Legislativa para que o próprio detento pague pelo uso da tornozeleira, Camilo explicou a ideia. “Quem determina quando o preso usa ou não a tornozeleira é a Justiça. E qual é o papel da tornozeleira? É que mesmo ele estando na rua a gente possa monitorar esse preso para que ele não cometa algo de errado aqui fora. A lei diz para que quem tenha condições pague para usá-la”, disse.
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