Em Potiretama (277 km de Fortaleza), um fazendeiro cercou um açude publicou com arame farpado e impediu, com uso da força, que pequenos agricultores plantassem nos arredores do local.
Segundo a população, o fazendeiro enviou jagunços para ameaçar as famílias que usavam a vazante do açude para plantar feijão e milho. "Eles destruíram tudo dizendo que ninguém tinha o direito de plantar lá, reclama o agricultor Marcos Nogueira.
Por sua vez, o "proprietário" do açude "estatal privatizado" alegou que a denúncia é "invenção do povo" e que levantou as cercas porque, até hoje, o governo não demarcou as terras.
De acordo com o governo do Ceará, as demarcações foram definidas no ato da desapropriação e toda a área em torno do açude pertence ao Estado.
À 82 km de Potiretama, em Limoeiro do Norte, famílias de lavradores que possuem terras, mas não têm condições de plantar devido à escassez de água, invadiram uma área federal e montaram um acampamento ao lado de um duto que liga o rio Jaguaribe a plantações de soja, banana e milho.
A situação pode culminar em um conflito entre as famílias e os produtores que administram a área ocupada, caso as bombas que levam água aos pontos de irrigação sejam fechadas e as plantações venham a morrer.
"Se isso acontecesse, aí sim teria um conflito. Seria difícil segurar produtores para não invadir o acampamento a bala vendo as plantações morrendo", afirmou o presidente da associação rural dos produtores da Chapada do Apodi.
* Com informações do jornal Folha de S.Paulo.
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