Em seu blog, o jornalista afirma que Cid Gomes tem vocação de 'ditador', uma vez que sua investida contra o periódico configura censura à imprensa, e de 'burro', uma vez que impedir a veicularão de uma notícia é a melhor forma de promovê-la.
Leia, abaixo, nota publicada no Blog do Noblat:
Cid Gomes, ditador e burro, por Ricardo Noblat
Cid Gomes, governador do Ceará, tem vocação de ditador. Citado em reportagem da ISTOÉ como envolvido na corrupção da Petrobras, pediu que a Justiça proibisse a circulação da revista em todo o país. E uma juíza de 1ª. instância do Ceará atendeu ao pedido dele.
Isso é censura à imprensa.
Cid Gomes, governador do Ceará, tem vocação de burro. Sua ofensiva contra a ISTOÉ é responsável pela corrida atrás de exemplares da revista. Esgotou-se, no Ceará, a edição da ISTOÉ. Em breve quando outra instância da Justiça revogar a decisão da juíza, a venda da revista se esgotará novamente.
Isso é comportamento de coronel político de antigamente.
Em 1978, como repórter da VEJA, fui a Juazeiro do Norte, no Ceará, contar como fora assassinado um empregado da usina de Adauto Bezerra, na época governador e um dos coronéis políticos que mandavam no Estado. O reparte da revista com a reportagem destinado ao Estado esgotou-se.
Aliados de Adauto compraram todos os exemplares da VEJA.
Na semana seguinte, a VEJA voltou ao assunto e tornou a se esgotar no Ceará - dessa vez pela ação de leitores comuns que se anteciparam aos aliados de Adauto. Xerox da reportagem foi vendida pelo dobro do preço do exemplar da revista.
Entenda o caso
Nessa segunda-feira (15), à pedido dos advogados do governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), a publicação desta semana da revista ISTOÉ foi proibida pela Justiça de circular e todas as edições liberadas deverão ser recolhidas. Ainda ontem, a proibição ganhou destaque na mídia local e, nesta terça-feira, repercutiu negativamente em jornais de circulação nacional, como O Globo e a Folha de S.Paulo, Jornal Hoje (Rede Globo) etc.
A ordem para a suspensão de circulação foi emita pela juíza Maria Marleide Maciel Queiroz, da 3ª Vara de Família de Fortaleza, que esteve de plantão neste último final de semana.
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