Vai ser enterrado nesta sexta-feira (23) em São Paulo o corpo do aluno de 10 anos que atirou na professora e depois se matou. A professora está internada, mas não corre risco de morrer. A arma era do pai da criança – uma arma particular do pai do menino, que é Guarda Civil da cidade de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. A polícia tenta entender o que levou o menino a atirar contra a professora e contra si mesmo. De acordo com depoimentos, ele era um bom aluno, sem problemas aparentes.
O motivo dos tiros ainda é um mistério. Davi Mota Nogueira, um menino de 10 anos que estudava na 4ª série de uma escola pública de São Caetano do Sul, atirou contra a professora Rosileide de Oliveira, 38, durante uma aula.
“Em determinado momento ele solicitou a autorização da professora para ir ao banheiro e, quando retornou do banheiro, ele já retornou com a arma em punho e efetuou um disparo contra a professora”, contou o capitão Robson Castropil, da Polícia Militar.
Em seguida, o menino saiu da sala e deu um tiro em si mesmo. Os disparos provocaram pânico entre os alunos. “A gente ouviu um barulho como se fosse uma bomba que às vezes acontece de soltar no pátio ou no banheiro. E aí todo mundo saiu assim para fora da sala vendo o que aconteceu. De repente, não passou muito tempo, a gente ouviu outro barulho”, relatou um menino.
Davi foi socorrido, mas não resistiu ao ferimento e morreu. A professora foi levada para o Hospital das Clínicas, em São Paulo. De acordo com informações da prefeitura de São Caetano do Sul, ela está fora de perigo.
Segundo o secretário de Segurança Pública de São Caetano do Sul, Moacyr Rodrigues, a arma encontrada com o menino era do pai dele, um soldado da Guarda Civil. O revolver calibre 38 foi comprado e estava legalizado.
“Ele já disse na hora. O documento de que a arma é dele já está, inclusive, na Polícia Civil. A arma era dele. Não existe possibilidade de a arma ser da corporação”, afirmou o secretário de Segurança Pública de São Caetano do Sul, Moacyr Rodrigues.
Em depoimento à polícia, o pai disse que levou Davi e o outro filho de 14 anos à escola. Quando voltou para casa, sentiu falta do revólver. Ele retornou à escola e perguntou aos meninos sobre a arma.
“Os dois filhos negaram que tivessem com a arma e ele não tinha motivo para desconfiar dos filhos. Aí retornou da escola e, quando estava em algum lugar trabalhando, não sei em que momento, ele recebeu a noticia do mais velho do que tinha acontecido com o mais novo”, contou a delegada Lucy Fernandes.
No fim da noite, o corpo do menino foi liberado para o velório. A professora Rosileide Queiroz de Oliveira foi atingida na região do abdômen. Os médicos avaliam se vão fazer cirurgia para retirar a bala. As aulas na escola estão suspensas.
FONTE: G1