A parlamentar maranhense ocupará a vaga de titular na comissão, enquanto que o deputado cearense ficará na suplência.
“O PPS foi um dos partidos que mais lutaram para instalar a comissão que investigará o pagamento de propina a políticos e partidos por meio de superfaturamento de contratos na companhia”, disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).
Após a indicação pelo partido, a deputada Eliziane Gama elaborou quatro Requerimentos que serão protocolados amanhã, após a instalação da CPI da Petrobras, em que pede as convocações do ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), do atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e dos ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci, ambos do PT.
A parlamentar justifica que o senador Collor será chamado a dar explicações, uma vez que o doleiro Alberto Youssef afirmou a procuradores que investigam o esquema de corrupção na Petrobras que o senador e ex-presidente da República teria recebido propina de R$ 3 milhões resultante de negócio da BR Distribuidora, subsidiária da estatal.
De acordo com Youssef, a propina resultou de um contrato no valor de R$ 300 milhões assinado em 2012 entre uma rede de postos de combustíveis de São Paulo e a BR Distribuidora.
Já o ministro da Justiça, na avaliação da parlamentar, precisa prestar esclarecimentos sobre a reunião que ele teria tido com o advogado da construtora UTC, Sérgio Renault, para tratar das investigações da operação Lava Jato da Polícia Federal.
“Nós teremos na CPI o papel coerente com a vontade popular que é de investigação irrestrita e incondicional. O PPS fará jus e honrará sua história mais uma vez”, disse Eliziane Gama.
O ex-ministro José Dirceu - condenado no esquema do mensalão - que também teria se beneficiado do dinheiro desviado da Petrobras também deverá ser convocado pelo PPS para depor na comissão. O partido toma como base para convocação reportagem do Jornal Nacional, que revela que o petista recebeu R$ 4 milhões de empresas envolvidas na Lava Jato a título de “consultoria”.
A bancada do PPS lembra que Youssef revelou em sua delação premiada que Dirceu e Antônio Palocci eram “as ligações” do lobista e operador de propina na Petrobrás Julio Gerin Camargo com o PT. Youssef revelou que Dirceu aparecia na contabilidade do esquema com o codinome “Bob” – suposta referência ao apelido de um ex-assessor de Dirceu. “Julio Camargo possuía ligações com o Partido dos Trabalhadores, notadamente com José Dirceu e Antonio Palocci”, declarou Youssef à Justiça.
* Com informações da Agência Política Real.
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