Palavras do Dr. Estevão em entrevista ao repórter Osvaldo Avelino:
- “O convênio que temos com o SUS, não dá para cobrir nossas despesas. O SUS faz sete anos que não corrige sua tabela. O que torna impossível cumprir com todas as despesas do hospital. Pra se ter uma ideia, o SUS paga por uma consulta a quantia irrisória de R$ 8,00 e por uma operação de vesícula que leva até 3 horas para ser concluída apenas R$ 600,00 para pagar o cirurgião, o anestesista e o hospital. Quando o SUS começou a pagar o valor que paga hoje, o salário mínimo era um pouco mais de R$ 200,00 e, hoje, o salário está em R$ 700,00, o que tem levado o hospital a esta situação preocupante.”
- “Se o governo federal não atualizar sua tabela de forma urgente, seremos obrigados a pedir o nosso descredenciamento e passaremos a ser o único hospital do Brasil, a atender as pessoas pobres cobrando apenas um pouco mais do que paga, hoje, o SUS.”
- “Só estamos funcionando até os dias de hoje, porque contamos com a compreensão de nossa equipe médica. Se não fosse. Já teríamos fechado as portas. Porque nossas despesas são grandes com pagamento de impostos, compra de medicamentos e pagamento de pessoal. E o dinheiro que arrecadamos é pouco e não está dando para cobrir nossas despesas.”
“Estive reunido com o prefeito Clodoveu Arruda, com o chefe de gabinete Luciano Arruda e com o secretário de Saúde, Olivan Queiroz, que depois foram ao hospital e viram dura realidade, e se comprometeram a nos ajudar.”
“Nos últimos anos, 75 mil leitos foram fechados em todo o país por conta desta defasada tabela. Os médicos preferem ficar em suas clinicas a terem que trabalhar ganhando pelo SUS.”
DETALHEEstivemos no Hospital Dr. Estevão no final da manhã desta quarta-feira (19) e podemos observar o pouco número de médicos para atender a enorme demanda. Clínico e cirurgião geral, e um dos sócios do Hospital, Dr. Estevão se desdobra no atendimento clínico e no centro cirúrgico. Alguns profissionais que trabalham no Hospital estão atendendo somente através do Plano Contribuinte Voluntário e particular, cujos valores são R$ 70 e R$ 250 respectivamente.
FONTE: Sobral em Revista
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