Um canhão de som é utilizado, em fase de teste, pela Guarda Muncipal de Fortaleza durante as manifestações marcadas para a manhã desta quinta-feira (27). Devido à alta potência e nitidez do canhão, que está posicionado em uma barreira de verificação veicular na Avenida Juscelino Kubitschek, o equipamento tem como intuito principal a comunicação e negociação com os manifestantes a uma distância de até 1 km, segundo informou Antônio Azevedo Filho, diretor da Guarda Municipal.
Arma já é utilizada em alguns países, como na Rússia, para controlar manifestações. Foto: Reprodução
Apesar da sua função principal ser para comunicação, o equipamento pode emitir um ruído ensurdecedor contínuo, exercendo um efeito moral contra os manifestantes. "O equipamento foi testado a menos de 20 metros no volume máximo em mim mesmo, em inspetores e em guardas. Depois do teste não sentimos nenhum efeito como ânsia de vômito ou náuseas", ressalta o diretor.
O canhão foi cedido pela empresa Megatech ltda, representante nacional da fabricante do equipamento em solo nacional, e nenhum valor foi pago pela Prefeitura de Fortaleza para obter o canhão, segundo o diretor. Ainda segundo Antônio Azevedo, o equipamento esteve à disposição da Guarda no último domingo (23) durante o jogo entre Espanha e Nigéria, entretanto, não foi necessário a sua utilização.
Sobre a capacidade de comunicação do canhão, o diretor afirma que a utilização do equipamento pode evitar confrontos entre os manifestantes e o Batalhão de Choque da Polícia Militar. "Podemos convocar uma comitiva para que o problema seja solucionado através do diálogo, além de alertar para que a multidão não realize atos de vandalismo", explica Antônio Azevedo.
O diretor ainda destaca que, mesmo com a emissão do ruído, o equipamento não provoca danoà audição ou à saúde dos manifestantes. De acordo com o comandante do Grupo de Operações Especiais da Guarda Municipal, inspetor Luís Valdeci da Silva, o equipamento também é utilizado em navios para comunicação, em caso de emergência, entre embarcações.
FONTE: Diário do Nordeste.
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