A pesquisa publicada na edição desta terça-feira, 7, no Jornal Opinião, revelando que 61% dos filhos presenciam e convivem com a violência contra as mães, é algo revoltante e, ao mesmo tempo, desafiador para o poder público e para toda a sociedade. É preciso estancar tamanha barbaridade dentro dos lares.
É difícil mensurar qual seria o nível de violência contra as mulheres, se a lei Maria da Penha não tivesse sido criada. Parece ser necessária uma dosimetria das sentenças com maior e mais dura reclusão. Os homens que destroem vidas, lares e o futuro de famílias sabem que o Código Penal é generoso para os criminosos feminicídas.
Por enquanto, só um lado sofre: o das mulheres. Homens não aceitam que suas mulheres tenham bons empregos, defendam seus ideais e pontos de vista, que construam amizades, que ultrapassagem a barreira da opressão e se libertem de estigmas e limites.
É preciso que o Congresso Nacional olhe para a crueldade dos femicídios e enxergue a dor das vítimas de violência.
Nesse mês da mulher, precisamos refletir juntos e buscar saídas. Ainda não há caminhos abertos para todas as mulheres. Muitas continuam presas em seus próprios lares.
*Via Roberto Moreira.
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