O deputado Queiroz Filho (PDT) avaliou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará, nesta quinta-feira (23/03), o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, que fechou 2022 com crescimento de 0,96% em relação a 2021. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Apesar da alta, o parlamentar lamenta que a economia do Estado tenha crescido abaixo da média nacional, que registrou crescimento de 2,9%, no último ano. “Enquanto somos 4% da população brasileira, representamos apenas 2,1% do PIB. Se pegarmos o ranking de PIB per capita, o Ceará está em 24ª posição entre os entes federados”, pontuou. Para ele, esses dados refletem a concentração de renda no Estado e índices de pobreza.
Queiroz Filho chamou atenção ainda para as dificuldades do setor agropecuário no Estado. Segundo ele, esse é o setor que mais clama por melhorias e apoio. “É o setor que mais tem pedido ajuda do Governo. Esse que é o ente que dá instrumentos para o desenvolvimento. E é esse setor agropecuário que tem segurado a barra do Ceará, com crescimento de 7,7%”, afirmou.
O deputado comentou também o anúncio do Governo do Estado de que enviará à Assembleia Legislativa uma mensagem que trata da revogação Fundo Estadual de Sustentabilidade Fiscal (Fesf). Queiroz Filho destacou as tentativas dos deputados de oposição na Alece para debater mais o projeto, à época, visando entender os benefícios e impactos do Fundo na economia estadual. “Fico feliz de ter dado essa contribuição, assim como outros, pontuando sobre esse fundo, que feria o direito adquirido”, observou.
Queiroz Filho sugeriu ainda uma mobilização para a criação de um pacto de desenvolvimento econômico, com foco no combate à pobreza que, “infelizmente, não tem diminuído nos últimos anos”.
O deputado Felipe Mota (União), em aparte, destacou a importância da agropecuária para o Ceará e cobrou investimentos em perímetros irrigados para fortalecer ainda mais esse setor no Estado. O deputado Antônio Henrique (PDT) avaliou o envio da mensagem que revoga o Fesf. Segundo ele, a aprovação à época foi um ato falho, pois aconteceu sem discussão na Casa. Já o deputado Renato Roseno (Psol) acredita que a medida anterior era a correta, pois “o Fesf, como instrumento fiscal é importante”.
*ALECE
Por Gleydson Silva
EDição: Adriana THomasi
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