Camilo também fez questão de reafirmar seu apoio à candidatura de Cid ao Senado em 2026, argumentando que a escolha não se baseia apenas na gratidão pessoal, mas no legado do ex-governador para o Ceará. A fala ocorre em um momento de tensão entre aliados, após Cid ter anunciado sua saída da base governista de Elmano, motivada pela condução do processo que levou Fernando Santana (PT) à presidência da Assembleia Legislativa, sem consulta ao líder pessebista.
O rompimento gerou movimentações em diferentes esferas. Deputados federais ligados a Cid Gomes devem se reunir nos próximos dias para avaliar o cenário e considerar possíveis desfiliações tanto do PSB quanto do PDT, com vistas a uma reorganização política. Na Assembleia Legislativa, a ala “cidista” permanece majoritariamente no PDT, incluindo lideranças que ocupam cargos na gestão de Elmano, como Salmito Filho.
O impacto da ruptura ainda é incerto, mas abre questionamentos sobre a coesão da base aliada no Ceará. Com o PSB comandado no estado por Eudoro Santana, pai de Camilo, o partido integra atualmente o arco de apoio tanto ao governador quanto ao prefeito eleito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT). A crise, contudo, pode provocar rearranjos que afetem as articulações em curso para os próximos pleitos.
A declaração de Camilo, ao enfatizar diálogo e continuidade de apoio a Cid, aponta para uma tentativa de preservar a aliança histórica entre os grupos políticos, ainda que os desdobramentos da crise sigam indefinidos. O cenário deve ganhar novos contornos nas próximas semanas, com decisões que podem redesenhar o mapa político estadual.
*Com informações do Portal In
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