A decisão de licitar áreas para lanchonetes populares nos aeroportos das cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014, anunciada pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), abre espaço para a discussão sobre os preços dos lanches e refeições cobrados nos aeroportos. Passageiros e até funcionários do Aeroporto Juscelino Kubistcheck disseram considerar altos os preços.
A professora Benigna Couto diz que pagou R$ 12 por dois cafés do tipo expresso e uma garrafa pequena de água:
— Os preços são caríssimos.
Para a contadora Eliana Prado, que na semana passada transitava pelo Aeroporto Internacional de Brasília, a solução encontrada foi dar preferência às redes de fast food, que praticam preços iguais em toda a rede de lojas.
Para a contadora Eliana Prado, que na semana passada transitava pelo Aeroporto Internacional de Brasília, a solução encontrada foi dar preferência às redes de fast food, que praticam preços iguais em toda a rede de lojas.
— Por causa da profissão, viajo muito e preciso me alimentar. Muita gente deixa de lanchar aqui [no aeroporto] para comer em casa.
A comida de aeroporto é considerada cara até pelos funcionários dos terminais aéreos, que têm direito a desconto nas lojas e restaurantes, conforme reclama João Cláudio da Silva, aeroviário do aeroporto da capital federal.
— Mesmo para nós, o preço é caríssimo. Eu pago R$ 3,50 numa xícara de chocolate quente. A gente recebe R$ 300 de vale-refeição para o mês, mas vai pagar no mínimo R$ 17 por cada refeição. Eu trago minha 'marmitinha'.
Custo alto de manutenção
Apesar da insatisfação dos consumidores com os preços dos lanches e refeições nos aeroportos, a Ancab (Associação Nacional de Concessionárias de Aeroporto) alega que os custos de manutenção dos estabelecimentos são muito altos para permitir abatimentos. Segundo o empresário Miguel Costa, membro do conselho de administração da Associação, não é possível reduzir os valores cobrados, porque a manutenção no aeroporto é mais cara do que a de um estabelecimento comum.
— O aluguel de um espaço no aeroporto é muito mais caro. Também é preciso ter mão de obra 24 horas, e isso dá uma fortuna de adicional noturno. A energia no aeroporto é mais cara, e se precisar de algum reparo, o lojista não pode chamar a empresa mais barata. Tem que ser a que a Infraero contrata.
Ele não considera os preços da alimentação nos aeroportos excessivos.
Ele não considera os preços da alimentação nos aeroportos excessivos.
— Um café em um shopping custa R$ 3,20. No aeroporto, R$ 3,50. Pode haver diferença do padrão de rua, mas não do padrão de shopping.
FONTE: R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário