Brasília Sem vetos, a presidente Dilma Rousseff sancionou ontem mudanças na chamada lei seca, endurecendo a fiscalização da embriaguez ao volante. As mudanças serão publicadas na edição de hoje do "Diário Oficial da União".
O Planalto tinha até o dia 10 de janeiro para sancionar o projeto, mas Dilma acelerou para que as medidas passem a valer neste fim de ano FOTO: AGÊNCIA BRASILA proposta, que foi aprovada pelo Senado, torna válidos novos meios para identificar um condutor alcoolizado, além do teste do bafômetro.
Há ainda uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro que dobra a multa aplicada a quem for pego dirigindo embriagado: dos atuais R$ 957,70 para R$ 1.915,40, valor que pode dobrar em caso de reincidência em um período de 12 meses.
O Planalto tinha até o dia 10 de janeiro para sancionar o projeto, mas a presidente acelerou o trâmite da lei para que as novas medidas passem a valer para as festas de fim de ano.
Entre os meios que passam a ser aceitos para comprovação da embriaguez do motorista está o depoimento do policial, vídeos, testes clínicos e testemunhos de terceiros. O agente de trânsito poderá ainda se valer de qualquer outro tipo de prova que puder ser admitida pelos tribunais em julgamentos.
Antes da mudança, era considerado crime dirigir sob a influência de drogas e álcool - a proporção é de 6 dg/L (decigramas por litro) de sangue -, mesmo sem oferecer risco a terceiros e o índice só pode ser medido por bafômetro ou exame de sangue.
Como ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo, é comum o motorista se recusar a passar por esses exames. Com a mudança no texto, o limite de 6 dg/L se torna apenas um dos meios de comprovar a embriaguez do motorista.
Ao condutor será possível realizar a contraprova, ou seja, se submeter ao bafômetro ou a exames de sangue para demonstrar que não consumiu acima do limite permitido pela legislação.
Cartão
A tradicional mensagem de fim de ano encaminhada aos congressistas, a presidente Dilma Rousseff afirma que é tempo de "mudanças profundas individuais, institucionais e coletivas".
O material distribuído a deputados e senadores, sustenta que o "futuro que queremos não será construído por si mesmo". Interlocutores de Dilma reconhecem que a relação do Planalto com o Congresso neste ano foi conturbada, com duas derrotas significativas: Código Florestal e da nova distribuição dos royalties.
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