Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado do desaparecimento e morte de Eliza Samudio foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e sequestro da vítima. Já a ex-amante do goleiro Bruno, Fernanda Castro Gomes, acusada de sequestro e cárcere privado da jovem e do filho dela, Bruninho, foi condenada pelos dois crimes e recebeu a pena total de 5 anos, em regime aberto.
Macarrão respondia pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Pelo primeiro, ele recebeu a sentença de 20 anos, tendo a e pena reduzida para 12 anos, em razões de atenuantes. As penas por sequestro e cárcere privado equivalem a 3 anos. Macarrão foi inocentado da ocultação de cadáver.
A condenação aconteceu após a decisão da maioria dos jurados. A sentença foi lida pela juíza, Marixa Fabiane Lopes, pouco depois da meia- noite após uma hora e 40 minutos de deliberação do júri neste quinto dia de julgamento.
Acordo
A pena de Macarrão foi menor do que a esperada graças a um acordo fechado entre o réu e seus defensores com os advogados que trabalharam na acusação. Segundo José Arteiro, que também responde pela defesa da mãe de Eliza Samudio, a o compromisso foi "bom demais" para Romão.
No tempo que recebeu para falar durante o júri desta sexta-feira (23), Arteiro ainda agradeceu ao réu pela confissão.
— Eu agradeço ao Macarrão apesar de todo esse drama vivido pela Eliza. Se não é o Macarrão, o Bruno continuava assombrando o Macarrão, assombrando a Fernanda, a todos. Se ele optou por não usar preservativo, o problema é dele. Ele não poderia aplicar a lei dele. Que nome dar a ele que não "monstro"? Ele riu de todos nós.
Sexta-feira movimentada
O último dia de julgamento foi marcado por debates entre a acusação e os defensores dos acusados Macarrão e Fernanda Gomes Castro, ex-namorada do goleiro Bruno. Tentando aproveitar o tempo para convencer os jurados de que os réus eram culpados do crime, o promotor Henry Wagner Vasconcelos chegou a dizer que Eliza havia sido violentada enquanto estava com o jogador.
Já a defesa seguiu por caminhos diferentes. Enquanto a advogada de Fernanda, Carla Silene, preferiu investir na ausência de provas que incriminassem a ré, o defensor de Macarrão apelou para a infância pobre e sonhadora do cliente, pedindo que ele fosse condenado apenas pelo que ele fosse realmente culpado.
FONTE: R7
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