Eram por volta de 11h quando homens atiraram pedras contra o prédio. O ataque destruiu a recepção do jornal e deixou os profissionais que estavam no local em pânico.
O diretor-editor do Diário do Nordeste, Ildefonso Rodrigues, lamentou o fato e criticou o vandalismo praticado pelos grevistas. "Esta ação foi um verdadeiro abuso à liberdade de expressão, tendo em vista a agressividade com que agiram os trabalhadores sob a orientação do sindicato dos gráficos e trabalhadores da construção civil, como provam as imagens e gravações feitas durante o episódio. O que aconteceu foi um vandalismo, um abuso à segurança e ao nosso patrimônio. Todos os funcionários entraram em pânico. Esta ação demonstrou uma atitude completamente fora dos padrões. Nunca na história do jornal houve uma agressão de tamanha gravidade. Um verdadeiro ato de vandalismo", afirmou.
Confira o momento exato da agressão
Confira o momento exato da agressão
Entidades prestam solidariedade
Diversas entidades já prestaram solidariedade para com o jornal. "O Governador Cid Gomes, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras entidades estão telefonando e afirmam estarem estarrecidas com o que aconteceu", disse o diretor-editor.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Ceará (OAB-CE), Valdetário Monteiro, condenou a ação praticada na sede do jornal. "Não podemos colocar em risco a vida das pessoas. As autoridades policiais precisam estar de olho. Não podemos confundir o legítimo direito de greve impedindo o direito de ir e vir das pessoas. Já tivemos outros casos de violência por conta dessa greve, e isso se choca com a liberdade de imprensa", disparou.
Violência gratuita
Não somente o prédio foi atacado. Pessoas também sofreram com a violência gratuita praticada pelos grevistas. A apresentadora da TV Diário, Maisa Vasconcelos, foi intimidada por um manifestante, que tentou lhe tomar o aparelho celular com o qual ela filmava a passeata, e ainda foi atingida na cabeça por um capacete.
"Tentou tomar meu celular e me atingiu com um capacete. Trabalhadores sérios perdem com uma ação estúpida dessas. Taí meu brinde. Gravava vídeo da passeata dos trabalhadores da construção civil em greve quando um deles me agrediu...Cabeça doendo da pancada que levei. Mas o pior foi ver que o vídeo que gravei mostra claramente o agressor. Violência gratuita. Minha única intenção era alertar motoristas sobre o trânsito", escreveu Maisa em seu perfil do microblog Twitter, logo após a agressão.
No último dia 24, as equipes de reportagem do Diário do Nordeste e do jornal O Povo também foram agredidas enquanto acompanhavam uma passeata do movimento.
Fonte: Diário do Nordeste.
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