Por iniciativa do deputado estadual Moisés Braz (PT), a Comissão de Indústria, Comércio, Turismo e Serviços da Assembleia Legislativa realiza na próxima segunda, 17 de junho, audiência pública para discutir o processo de privatização na Petrobras – LUBNOR (Lubrificantes e Derivados do petróleo do Nordeste). O debate ocorre a partir das 14 horas, no auditório Murilo Aguiar.
“O Conselho de Administração da Petrobras aprovou novas diretrizes de gestão do portfólio de ativos. Está autorizada a venda de oito refinarias, incluindo a Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará, e participação na BR Distribuidora”, afirma o deputado no requerimento que solicitou a audiência.
Inaugurada em 1966, a Lubnor, instalada no Porto do Mucuripe, ocupa uma área total de 218 mil m². É uma das líderes nacionais em produção de asfalto e a única no país a produzir lubrificantes naftênicos, um produto próprio para usos nobres, tais como isolante térmico para transformadores de alta voltagem, amortecedores para veículos e equipamentos pneumáticos, além de produzir 235 mil toneladas/ano de asfalto, respondendo por cerca de 13% da produção nacional e distribuição para os nove estados das regiões Norte e Nordeste.
“Hoje, a Lubnor conta com aproximadamente 250 funcionários. Existem ainda outros 250 trabalhadores indiretos, que prestam serviço para a unidade. Ou seja, estamos falando, no mínimo, de 500 empregos que estão ameaçados pelo processo de privatização promovido por este governo”, acrescenta Moisés Braz.
Além dela, os ativos de refino incluídos neste programa de desinvestimento da Petrobras são: Refinaria Abreu e Lima (RNEST), Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), Refinaria Landulpho Alves (RLAM), Refinaria Gabriel Passos (Regap), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) e Refinaria Isaac Sabbá (Reman).
Para o presidente do Sindipetro, Jorge Oliveira, sem o controle estatal, o governo perderá o compromisso com o controle de preços. Com a venda das refinarias, diz ele, “ficaremos totalmente dependentes do mercado internacional, abrindo mão da produção interna e afetando fortemente os empregos e os efeitos dinâmicos dos investimentos da Petrobras”.
Foram convidados para a audiência funcionários da LUBNOR, representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo nos Estados do Ceará e Piauí (SINDIPETRO-CE/PI), da Federação Única dos Petroleiros (FUP), da CUT-CE, da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado do Ceará (Sedet) e dos cursos de Engenharia de Petróleo da UFC, Unifor e IFCE.
Fonte: Moisés Braz
Nenhum comentário:
Postar um comentário