Foto: Arquivo
O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) declarou, ontem (14), que ainda não sabe o tamanho do impacto da morte do candidato à presidência e ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) sobre o quadro político nacional, mas que já entrou em contato com o presidente do PSB, Roberto Amaral, disposto a estabelecer canal com o partido.
Ressaltando sempre a sua proximidade que mantinha com Campos e a necessidade de, antes de tudo, fazer as honras finais ao ex-candidato e demais vítimas do acidente aéreo, Lula tentou estreitar laços com Amaral, principal opositor do lançamento de Marina Silva (Rede) à presidência.
Lula afirmou, ainda, que entraria em contato com Marina, a quem declarou ter "apreço pessoal muito grande". No melhor cenário, o líder petista tenta conseguir o apoio da ex-senadora à reeleição de Dilma Rousseff (PT) ou, ao menos, impedir a sua candidatura. Mas a previsão é que Marina substitua o pernambucano na corrida pelo Palácio do Planalto.
Pior para o PSDB
A força da indicação de Marina é tão grande que líderes petistas já se conformaram com a ideia de enfrentar, mais uma vez, a ex-PT nas urnas. O receio maior é de a mudança levar a disputa pela presidência ao segundo turno, acabando com o sonho de Dilma de vitória já no dia 5 de outubro.
No entanto, caso as previsões se confirmem e Marina seja a escolhida para encabeçar a chapa do PSB, quem perde mais é Aécio Neves (PSDB). De acordo com pesquisadores tucanos, Marina entraria na disputa já com a mesma percentagem de intenções de votos que Aécio. Além disse, em um possível segundo turno entre Aécio e Dilma, é pouco provável que Marina se alia ao PSDB.
Foto: Revista Época/ Presidente Lula beija a mão de Marina em solenidade no Planalto, quando ainda era ministra, em 2006. Ela deixou o cargo em 2008, afirmando que não tinha mais apoio para suas políticas ambientais.
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