O tremor, um dos mais destrutivos no mundo nos últimos anos, atingiu os arredores de Marraquexe na noite de sexta-feira (8) com uma magnitude de 6,8, segundo os serviços geológicos norte-americanos, e de 7, segundo o centro marroquino de pesquisa científica e técnica.
O tremor foi o mais poderoso desde que começaram os registros modernos no país e atingiu uma região muito habitada. Outras cerca de 2.476 pessoas ficaram feridas, ainda de acordo com o ministério marroquino, e há também centenas de desaparecidos.
O balanço anterior de mortes, anunciado na manhã de domingo (10), indicava 2.122 mortos.
Tremores secundários ainda estão sendo registrados , de acordo com relatos de moradores locais.
Buscas
Também nesta segunda-feira, centenas de membros de equipes de buscas de Marrocos e de outros países buscavam por desaparecidos, principalmente na província de Al Haouz, o epicentro do terremoto.
Militares do Reino Unido, da Espanha, dos Emirados Árabes e do Catar já estão no país, com equipamentos avançados de buscas, como microcâmeras para vistoriar escombros.
Um dos principais fatores que dificultam as buscas, segundo relataram membros das equipes à agência de notícias Reuters, é o tipo de construção de casas na região afetada: muitas são feitas de barro, pedra e madeira bruta.
“É difícil retirar as pessoas vivas porque a maioria das paredes e tetos se transformaram em escombros de terra quando caíram, enterrando quem estava lá dentro sem deixar espaços aéreos”, disse à Reuters um socorrista militar, que não quis se identificar.
Ajuda internacional empacada
Outro fator que dificulta a ajuda internacional é a demora do governo marroquino em aceitar ofertas e de solicitar oficialmente auxílio, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
Até a última atualização desta reportagem, a ONU disse que o Marrocos ainda não havia enviado a solicitação oficial de ajuda humanitária. É a partir dessa solicitação que agências das Nações Unidas podem enviar equipes.
Rabat alegou estar ainda avaliando as ofertas de ajuda para que as operações não fiquem descoordenadas.
O país decretou três dias de luto nacional no sábado (9), e líderes de todo o mundo enviaram condolências a Rabat.
A Argélia, um país vizinho em conflito com Marrocos, abriu o seu espaço aéreo, fechado há dois anos, a aviões que transportam ajuda humanitária e resgatam os feridos.
O Banco Mundial também afirmou que dará "todo o seu apoio" ao país.
Fonte: G1
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