sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Juiz decreta nova prisão preventiva de Nestor Cerveró

images

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, decretou nova prisão preventiva do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Segundo o juiz, Cerveró deve continuar preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, para evitar que continue em “atividade delitiva específica” para ocultar seu patrimônio. Cerveró teve prissão preventiva decretada pela primeira vez pelo juiz de plantão na Justiça Federal de Curitiba e agora Moro confirmou a decisão.

Na decisão, o juiz afirma que o ex-diretor da Petrobras continua praticando crimes de lavagem de dinheiro mesmo após a deflagração da Lava Jato, no ano passado. De acordo com Moro, a transferência de apartamentos para os filhos mostra que Cerveró tenta ocultar a origem dos bens. O juiz cita um apartamento no Rio de Janeiro que está em nome de uma empresa offshore (fora do país e sem identificação de proprietário), que pertenceria ao ex-diretor.

Para justificar a manutenção da prisão, Moro também afirmou que parte do patrimônio mantido em segredo, as tentativas de se desfazer dos bens e a dupla nacionalidade (brasileira e espanhola) impedem que a prisão de Cerveró seja substituída por outras medidas.

Cerveró está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 14, por tentar ocultar seu patrimônio. Ele foi preso no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, quando voltava de uma viagem à Espanha e à Inglaterra, previamente comunicada ao Ministério Público do estado.

De acordo com relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), no dia 16 de dezembro, Cerveró sacou R$ 500 mil de um fundo de previdência privada e transferiu o valor para sua filha, mesmo tendo sido alertado pela gerente do banco de que perderia 20% do valor. Em junho do ano passado, Cerveró havia transferido imóveis para seus filhos, com valores abaixo dos de mercado. Na intepretação do MPF, o ex-diretor tentou blindar seu patrimônio. Por isso, a prisão foi requerida e decretada pelo juiz Sérgio Moro.

(Agência Brasil)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Prefeitura de Tauá