Na decisão, o juiz afirma que o ex-diretor da Petrobras continua praticando crimes de lavagem de dinheiro mesmo após a deflagração da Lava Jato, no ano passado. De acordo com Moro, a transferência de apartamentos para os filhos mostra que Cerveró tenta ocultar a origem dos bens. O juiz cita um apartamento no Rio de Janeiro que está em nome de uma empresa offshore (fora do país e sem identificação de proprietário), que pertenceria ao ex-diretor.
Para justificar a manutenção da prisão, Moro também afirmou que parte do patrimônio mantido em segredo, as tentativas de se desfazer dos bens e a dupla nacionalidade (brasileira e espanhola) impedem que a prisão de Cerveró seja substituída por outras medidas.
Cerveró está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 14, por tentar ocultar seu patrimônio. Ele foi preso no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, quando voltava de uma viagem à Espanha e à Inglaterra, previamente comunicada ao Ministério Público do estado.
De acordo com relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), no dia 16 de dezembro, Cerveró sacou R$ 500 mil de um fundo de previdência privada e transferiu o valor para sua filha, mesmo tendo sido alertado pela gerente do banco de que perderia 20% do valor. Em junho do ano passado, Cerveró havia transferido imóveis para seus filhos, com valores abaixo dos de mercado. Na intepretação do MPF, o ex-diretor tentou blindar seu patrimônio. Por isso, a prisão foi requerida e decretada pelo juiz Sérgio Moro.
(Agência Brasil)
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