quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ação violenta de vândalos em São Paulo termina com quase 30 lojas depredadas ou saqueadas


'Só não levaram o que não aguentaram', diz segurança de loja

O rastro de destruição deixado após o sexto protesto contra o aumento das passagens, na noite de terça-feira (18), atingiu tanto prédios públicos quanto estabelecimentos privados. Foram 29 lojas depredadas, saqueadas ou incendiadas, entre comércio e bancos. Também houve 189 lixeiras arrebentadas e dois prédios tombados danificados — a sede da Prefeitura Municipal de São Paulo e o Teatro Municipal. De acordo com o subprefeito da Sé, Marcos Barreto, ainda não foram contabilizados todos os prejuízos do quebra-quebra.

Os vândalos, que atearam fogo no carro da Record e tentaram invadir a sede da prefeitura, também picharam diversos locais. No total, foram 12 pontos concentrando a pichação e destruição. Entre eles, a rua 15 de Novembro, São Bento e praça do Patriarca. Até o fim da manhã, 350 pessoas trabalhavam na limpeza da região do centro histórico, rua Augusta e avenida Paulista.

Ao menos 61 pessoas foram detidas após saques e depredações durante o sexto protesto contra o aumento das tarifas do transporte público na capital paulista. As prisões aconteceram entre o fim da noite desta terça-feira (18) e o início da madrugada desta quarta-feira (19). A maioria foi autuada por furto e vandalismo.

Sexto protesto

Um dia após manifestação histórica na cidade de São Paulo reunir mais de 100 mil pessoas nas ruas da cidade, o sexto ato contra o aumento da tarifa de ônibus na capital paulista, ocorrido nesta terça-feira (18), foi o mais violento de todas as manifestações. Com início pacífico, milhares de pessoas se reuniram na praça da Sé por volta das 17h. No entanto, os tumultos começaram quando uma parte do grupo caminhou para a sede da prefeitura antes da definição oficial do trajeto que a passeata faria.

Em pouco tempo, o prédio da prefeitura, no viaduto do Chá, na região central, foi cercado. Um grupo de pessoas queimou um boneco com o rosto do prefeito Fernando Haddad e, na sequência, parte dos manifestantes derrubou a grade que dava acesso ao pátio da prefeitura e invadiu o local. Com pedras, eles quebraram vidros das cinco grandes vidraças da frente do prédio. Enquanto isso, outros participantes gritavam "sem vandalismo, sem violência". A parede da sede do governo municipal também foi pichada. Uma das mensagens era "3,20 não".

Manifestantes depredam sede da Prefeitura de São Paulo

A GCM (Guarda Civil Metropolitana) usou spray de pimenta e gás lacrimogênio para conter a manifestação e impediu que o prédio fosse invadido. A confusão na região continuou e manifestantes arrancaram a bandeira da cidade de São Paulo do mastro da prefeitura e tentaram atear fogo. Segundo a assessoria da prefeitura, Fernando Haddad (PT) deixou o edifício por volta das 17h30 para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, em São Paulo, e foi orientado a não voltar ao prédio.

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