Witzel em coletiva no palácio Guanabara na semana passada (22) Foto: Marcelo Regua / Agência O Globo
“A Lei da Anistia sepultou todos os fatos relativos ao período militar, que os mortos de todos os lados descansem em paz”, disse Witzel para ÉPOCA, sem querer se estender mais sobre o tema.
Documentos apresentados em reportagem do Globo de hoje mostram que o pai de Santa Cruz foi morto por forças oficiais, ao contrário do que declarou ontem o presidente. Um deles é o registro secreto da Aeronáutica de 1978 que mostra que o estudante foi preso pelo regime militar em 22 de fevereiro de 1974, no Rio. Um relatório da Comissão Nacional da Verdade indica que Fernando foi morto por órgãos de repressão da ditadura.
Ontem, o governador de São Paulo, João Doria, já havia criticado duramente a fala do presidente Bolsonaro, classificando-a como "inaceitável".
“Não posso silenciar diante desse fato. Eu sou filho de um deputado cassado pelo golpe de 1964. Vivi o exílio com meu pai, que perdeu quase tudo na vida em dez anos de exílio pela ditadura.”
Doria e Witzel são especulados como postulantes a uma candidatura presidencial em 2022 — no caso do governador do Rio, ele mesmo fala sobre sua vontade abertamente. Nas últimas semanas, os dois têm feito movimentos de olho em um futuro distante de Bolsonaro. Witzel está deixando correr entre aliados a hipótese de não apoiar o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) para a prefeitura do Rio. Já Doria diz abertamente que desejaria ter no PSDB parlamentares bolsonaristas como Alexandre Frota e Joice Hasselmann.
*Època
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