quinta-feira, 28 de março de 2019

"Bolsonaro precisa assumir o Governo e parar de brincar de presidente ", disse Rodrigo Maia

Divulgação

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (27) que o governo ainda não começou e que o presidente Jair Bolsonaro está "brincando de presidir" o país.

Maia deu a declaração após ter sido questionado sobre uma entrevista de Bolsonaro à TV Bandeirantes na qual o presidente disse que o deputado está "abalado" por questões pessoais.

Na entrevista, Bolsonaro afirmou não ter problema com o presidente da Câmara, mas acrescentou que questões pessoais têm "abalado" Rodrigo Maia.

Ele não especificou quais são essas questões, mas disse que alguns problemas passam "pelo lado emocional" do deputado.

Na última segunda-feira, o ex-ministro Moreira Franco foi solto, após quatro dias na prisão. Ele é padrasto da mulher de Maia. Após a entrevista ser veiculada, Rodrigo Maia foi questionado sobre um trecho em que Bolsonaro também disse que não irá procurá-lo para conversar neste momento porque o deputado está "abalado". "Abalados estão os brasileiros, que estão esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar.

São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha de pobreza, capacidade de investimento do Estado brasileiro diminuindo, 60 mil homicídios e o presidente brincando de presidir o Brasil", disse Rodrigo Maia. "Eu acho que está na hora de a gente parar com esse tipo de brincadeira, está na hora de ele sentar na cadeira dele, do parlamento sentar aqui, e a gente em conjunto resolver os problemas do Brasil. Não dá mais para a gente perder tempo com coisas secundárias", acrescentou o presidente da Câmara.

Em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro disse não querer acreditar que Maia tenha dado essa declaração. "Olha, se foi isso mesmo que ele falou eu lamento. Não é palavra de uma pessoa que conduz uma casa. Muita responsabilidade. Brincar? Se alguém quiser que eu faça o que os presidentes anteriores fizeram, eu não vou fazer", disse o presidente.




G1

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