sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Relatório mostra celas luxuosas em unidade prisional da PM no Rio

Cela da unidade prisional da Polícia Militar do Rio com cama e poltrona (Foto: Reprodução/CNJ)
Um relatório de inspeção do Conselho Nacional da Justiça (CNJ) constatou que a Unidade Prisional da Polícia Militar do Rio de Janeiro, em Benfica, no subúrbio, possui celas luxuosas com aconchegantes camas, poltronas e até televisão para os detentos. A reportagem foi publicada nesta sexta-feira (30) no Jornal Extra.

Procurada pelo G1 nesta manhã, a assessoria da Polícia Militar informou, por meio de nota, que "as fotos se referem ao mês de dezembro do ano passado. Desde então, o comando da Unidade Prisional mudou e vários novos protocolos e procedimentos já foram adotados." (Leia a íntegra da nota ao final desta reportagem).



A decoração, os móveis, entre outras regalias, foram vistas durante o Mutirão Carcerário, que começou em dezembro de 2011. O objetivo era, de acordo com o relatório, "fazer uma revisão dos processos dos presos provisórios e definitivos, procedendo-se ao reexame dos inquéritos e processos em curso e, também, a análise dos benefícios que poderiam ser concedidos àqueles que já se encontram em cumprimento de pena, seja de forma provisória, seja de forma definitiva".

Os magistrados do CNJ estiveram também nos presídios do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste, e nas carceragens da Polícia Civil. Ainda segundo o documento, eles se surpreenderam com o contraste entre as celas.

O documento relata a falta de rede de encanamento e havia celas fétidas e insalubres. A segurança interna também era mínima, por falta de carcereiros e também por conta de que são os chamados “presos colaboradores", que faziam a vigia e a disciplina interna.

Leia abaixo a íntegra da nota enviada pela Polícia Militar
"1- As imagens e fatos apresentados na reportagem do jornal EXTRA desta sexta-feira (30/11) se referem ao mês de dezembro do ano passado. Desde então, o comando da Unidade Prisional mudou e vários novos protocolos e procedimentos já foram adotados. A Corregedoria Interna da PM, a Vara de Execuções Penais (VEP) e o Ministério Público (MP) estadual fiscalizam o BEP com frequência.

2- Todos os fatos irregulares são ou foram motivo de averiguação, sindicância ou Inquérito Policial-Militar. A PM participa das fiscalizações da VEP com os animais do Batalhão de Ações com Cães e com o reforço do Batalhão de Polícia de Choque.

3- A corregedoria mantém vigilância externa sobre a Unidade Prisional. Em outubro do ano passado, uma destas operações flagrou 2600 latas de cerveja que ingressariam naquela unidade.
4- Hoje aquela unidade tem 325 presos. Destes, 41 são ex-PMs mantidos por liminar da Justiça.

5- O posto bancário existente na Unidade atende ao efetivo e aos funcionários de outros órgãos que interagem com o trabalho na prisão, como a Defensoria Pública".


Ambiente luxuoso foi constatado durante inspeção realizada por magistrados (Foto: Reprodução/CNJ)

FONTE: G1



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