O movimento Rio de Paz promoveu, na tarde deste domingo (25), um ato público em apoio ao veto da presidente Dilma Rousseff à nova lei de distribuição dos royalties do petróleo, nas areias da Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio.
Dezenas de bacias com tinta preta, representando poços de petróleo e os municípios litorâneos do estado do Rio, foram espalhadas por voluntários nas areias de Copacabana. De acordo com a organização do movimento, elas simbolizam os riscos socioambientais aos quais o estado estará exposto com a exploração de petróleo no seu litoral.
Uma faixa de sete metros de comprimento por um metro e meio de altura, estendida nas areias, traz a seguinte pergunta: "É bom para o Brasil quebrar o Rio de Janeiro?".
"O sancionamento da nova regra de distribuição dos royalties do petróleo representará para o Rio de Janeiro — ter que lutar contra os mesmos e históricos problemas sociais —, com menos recursos, mais riscos ambientais, e justamente num momento em que a população começa a ter sonhos de paz e justiça, com sua capital diante do desafio de realizar com excelência grandes e dispendiosos eventos esportivos, e sem negligenciar o pobre", afirma, em nota, a organização do movimento Rio de Paz, filiado ao Departamento de Informação Pública da ONU.
O protesto aconteceu na véspera do ato "Veta, Dilma. Contra a injustiça. Em defesa do Rio", marcado pelo governo do estado para as 14h desta segunda-feira (26), no Centro da cidade.
A passeata tem como objetivo evitar que a presidente Dilma Rousseff sancione o projeto de lei que traz uma redução de 30% para 20% na fatia de royalties destinada à União.
Ponto facultativo
Nesta quinta-feira (22), foram publicados, no Diário Oficial, os decretos do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do prefeito da cidade, Eduardo Paes, considerando ponto facultativo nas repartições estaduais e municipais a partir das 14h de segunda-feira (26).
Bilhetes de trem gratuitos serão oferecidos pela SuperVia para os participantes do protesto. Para facilitar o deslocamento da população, o uso do trem será gratuito entre 13h e 15h, em todas as estações do sistema ferroviário, exceto na Central do Brasil.
A manifestação começará com uma concentração às 14h na Candelária e seguirá pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia. Em palanque em frente à Câmara de Vereadores, haverá a leitura de um manifesto sobre a partilha dos royalties de petróleo e apresentação de artistas.
Na volta dos manifestantes para casa, entre 20h e 22h, a SuperVia garantirá o embarque gratuito a partir da estação Central do Brasil.
Jingle
Um jingle em ritmo de funk também promete agitar o protesto em defesa da atual distribuição dos royalties. A música-protesto “Veta, Dilma” foi gravada na sexta-feira (16) pela Furacão 2000 e teria sido um pedido do governador Sérgio Cabral.
A letra foi produzida pelo "pai do funk" Rômulo Costa, com criação do DJ Rick Joe. Ela é interpretada pelos MCs Marcelly e Willian, do grupo "Os Novinhos", e tem a participação de Neguinho da Beija Flor e do famoso bordão "Veta, Dilma", da atriz Camila Pitanga.
FONTE: G1
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