quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Reajuste do Judiciário – Com bate-boca, sessão do Congresso é encerrada por falta de quórum

batemboca

Depois de discursos inflamados e diante de gritos de servidores do Poder Judiciário que estavam nas galerias do plenário da Câmara, a sessão do Congresso desta quarta-feira foi encerrada por falta de quórum para votações. Numa manobra governista, faltou quórum no Senado, porque apenas 37 senadores registraram presença, quando são necessários pelo menos 41 presentes para iniciar as votações. Na Câmara, já havia mais de 257 deputados, quórum mínimo exigido. O encerramento da sessão foi pedido pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).

A última sessão de votação de vetos foi em 11 de março. O principal veto da pauta era o veto da presidente Dilma Rousseff ao aumento médio de 56% aos servidores do Poder Judiciário.

Deputados da oposição e do PMDB reclamaram e ainda arrastaram a sessão por mais meia hora. Mas o vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), anunciou a sessão. Os servidores presentes começaram a gritar “Vota Já!” e “Justiça!”.

Ao final da sessão, descontrolado, o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), partiu de dedo em riste em direção ao deputado Waldir Maranhão e a Guimarães, que foram cercados. Integrante do PMDB, o deputado Danilo Forte (PMDB-CE) também fez duras críticas ao governo.

— Lamentamos a covardia do governo — dizia Danilo Forte.

O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Buenos (PR), também estava ao lado de Domingos Sávio.

O governo teme a derrubada dos vetos, que podem causar rombos fiscais. Um deles é o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste médio de 56% para os servidores do Poder Judiciário.

A presidente vetou a proposta, que, em alguns casos, concederia aumento de até 78%. No Orçamento da União de 2016, o governo concedeu um reajuste de até 41,5% para os servidores do Judiciário, em acordo com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

Mas os servidores rejeitam o acordo e já ocupam o gramado do Congresso com vuvuzelas, pedindo a derrubada do veto de Dilma ao aumento de 56%.

O presidente Renan Calheiros, na noite de terça-feira, admitiu que poderia não haver quórum.

— Nossa função é marcar a sessão. Vamos perseverar — disse ele.

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) reclamou da manobra do governo.

— Isso é uma farsa — disse Miro

Fonte: O GLOBO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Prefeitura de Tauá