O governo espera acalmar o mercado financeiro com o anúncio, em breve, do reajuste dos preços dos combustíveis, informou uma fonte no governo. Em uma só tacada, a ideia é aplacar o mau humor do mercado e atender às necessidades de recomposição de caixa da Petrobras. A reportagem apurou, porém, que o reajuste deve ser menor do que vem pedindo a presidente da petroleira, Graça Foster, nos últimos meses.
O Palácio do Planalto ainda não bateu o martelo sobre o "timing" do aumento de preço, mas o tema está na pauta da reunião do Conselho de Administração da companhia, da próxima sexta-feira, dia 31. O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, já antecipou que aumentos de preços ocorrerão ainda em 2014, seguindo a tradição de conceder ao menos um reajuste a cada ano. Dentro do conselho da empresa, no entanto, não há um consenso de que este seja o melhor momento.
"Os preços estão ajustados ao mercado internacional, não tem defasagem. Será que o governo vai reajustar com a inflação do jeito que está? A justificativa era a defasagem, agora não acho que o governo arriscaria a meta da inflação. Só vamos saber na 6ª-feira", avaliou o conselheiro Silvio Sinedino, que representa os trabalhadores no Conselho.
Ações da Petrobras
Na manhã seguinte ao resultado das eleições presidenciais, a Petrobras divulgou dois comunicados positivos aos investidores, mas, ainda assim, as ações se mantiveram em queda durante todo o dia. Os papéis preferenciais caíram 12,33% e os ordinários, 11,34%.
Antes mesmo da abertura das operações financeiras na BM&FBovespa, ontem, foi anunciada a descoberta de petróleo na perfuração do primeiro poço do supercampo de Libra, o pré-sal da Bacia de Santos.
Fonte: Diário do Nordeste
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