quarta-feira, 16 de julho de 2014

‘Vamos reeleger Dilma e trazer Lula de volta em 2018’, diz Rui Falcão

Rui Falcão 3


Em meio ao clima de largada da corrida presidencial e de um sentimento de mudança captado nas pesquisas de opinião, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, faz uma projeção otimista do desempenho da presidente Dilma Rousseff e já fala em assegurar a continuidade do governo petista até 2022. Pelas contas de Falcão, a presidente conseguirá se reeleger em outubro, abrindo caminho para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja o candidato à Presidência do partido em 2018.

Lula, que se encarregou de abafar um movimento de uma ala do PT por seu retorno já em 2014, tem evitado se colocar abertamente como candidato à sucessão de Dilma. Nos bastidores, ele fala na preocupação com o cenário eleitoral futuro. Diz que tudo dependerá do que ocorrer nesta eleição e no próximo governo. Em público, Lula dá indiretas à oposição. Afirma que, se o “irritarem”, pode voltar a ser candidato.

Embora reconheça que Lula resiste em se colocar como candidato, Falcão diz que os apelos do PT serão suficientes para trazê-lo de volta. “Se o PT pedir, ele volta”, afirma. Na entrevista ao iG, Falcão diz que Lula chega a se comparar com o ex-piloto de Fórmula 1, Michael Schumacher, para dissipar as especulações em torno de seu nome. “Depois de sete campeonatos, Schumacher voltou e não fez pole position”, exemplificou.

Para esta eleição, Falcão coloca o ex-presidente como o “grande carreador de votos” em favor de Dilma. Segundo ele, o PT tem a vantagem de contar com dois líderes de estilos diferentes, para multiplicar a exposição na campanha. Com isso, afirma, a presidente terá melhores condições de se apresentar à população como o nome capaz de atender ao sentimento de mudança que se manifesta na sociedade. “Nós somos os responsáveis por a população querer mudança”, diz ele, ao defender que as administrações do PT abriram o caminho para que setores da sociedade queiram mais avanços.

Regulação da mídia

O presidente do PT também comentou a polêmica sobre a retirada do tema da regulação da mídia do programa de governo. De acordo com ele, a resistência de partidos aliados fez com que o tema permanecesse apenas entre as bandeiras a serem defendidas pelo partido, não pela candidata. “Dilma tratará de outros temas, esta será uma bandeira do PT”.

E, embora reconheça que a largada da corrida eleitoral ocorre em meio a uma ressaca da derrota do Brasil na Copa, Rui Falcão insiste que não haverá impacto nas urnas. “O clima é de tristeza, mas não vamos misturar Copa e eleição.”

iG

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