O sítio de 170 mil metros quadrados é alvo de inquérito da Operação Lava Jato desde meados do ano passado. A investigação que inicialmente apurava envolvimento da empreiteira OAS com a ampla reforma do imóvel ganhou novos contornos após a suspeita de que as intervenções no local foram pagas pela Odebrecht. As duas empreiteiras são investigadas na Lava Jato por formação de cartel. Ex-executivos e sócios das empresas são réus em processos derivados da operação.
O ex-presidente confirma que, "em dias de descanso", frequenta o sítio. A área está registrada em nome de dois sócios de Fábio Luís da Silva, filho do ex-presidente - Jonas Leite Suassuna e Fernando Bittar, filho de Jacó Bittar, fundador do PT e amigo próximo de Lula.
A nota fiscal fornecida pela fabricante do barco, a empresa Alumax, do grupo Levefort, registra a compra do barco de alumínio, com seis metros de comprimento, modelo Squalus 600. A embarcação foi adquirida em setembro de 2013 por R$ 4.126.
A defesa de Lula não se manifestou. O Instituto Lula reiterou ontem que desde que encerrou o segundo mandato, em 2011, o ex-presidente frequenta o sítio “em dias de descanso". Diz ainda que a "tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos tem o objetivo mal disfarçado de macular" sua imagem.
Intimação
O promotor Cássio Cosserino, do Ministério Público de São Paulo, intimou Lula e Marisa para deporem, como investigados, num inquérito aberto para apurar oito empreendimentos da Bancoop assumidos pela OAS. Um desses empreendimentos é o condomínio Solaris, no Guarujá (SP).
O promotor já admitiu a possibilidade de denunciar o ex-presidente pela ocultação de patrimônio na propriedade do tríplex 164-A, que foi reformada pela OAS ao custo de R$ 777 mil. Lula nega ser proprietário do imóvel.
Fonte: Diário do Poder.
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