
Golpes na rede social são recorrentes (Foto: Mika Baumeister/Unsplash)
No mês citado, foram registrados 340 mil vítimas do golpe em todo o País - a menor média desde janeiro de 2020. No entanto, os números continuam altos: segundo o estudo, há cerca de 40 mil golpes ainda ativos nas redes sociais. De fácil compartilhamento, os conteúdos enganosos costumam direcionar o usuário a páginas específicas com a promessa de conseguir algum benefício. O acesso ao site liga as notificações no navegador, por onde chegam novos golpes.
Ligações também podem ser outra ponte para as clonagens. O criminoso se passa por algum funcionário de empresa que a vítima costuma utilizar o serviço. No entanto, há uma tentativa de fazer com que o usuário repasse um código recebido por mensagem, permitindo o uso do WhatsApp em outro aparelho que não esteja em posse da pessoa.
A exemplo, o laboratório detectou 137 perfis falsos no Facebook com supostas ofertas para o Dia dos Pais de 2020. As contas fakes tentam se passar por grandes lojas do comércio virtual, como a Americanas.com e Ame Digital. No WhatsApp, até o nome da loja de materiais de construções Leroy Merlin foi utilizado em golpe com o intuito de roubar dados bancários das vítimas.
Com os dados solicitados nos links maliciosos, os criminosos são capazes de realizar transações financeiras e podem até mesmo fingir que são as vítimas para aplicar outros golpes, conforme explicou Emilio Simoni, diretor do dfndr lab. Segundo ele, a clonagem de cartão é um dos crimes digitais mais comuns, mas há a possibilidade de outros ocorrerem: abertura de contas, assinatura de serviços e realização de empréstimos podem ser feitos com os dados capturados durante o crime.
Promessas de acesso ao auxílio emergencial e a benefícios VIP estão entre os principais golpes de 2020
O relatório também traz as temáticas mais utilizadas para clonar o WhatsApp em 2020. Dentre elas, estão golpes da liberação do auxílio emergencial e falsas promoções. O golpe da liberação do benefício federal acontece com um link enviado pelas redes sociais. Ao clicar no site, a vítima é direcionada a preencher um cadastro com número da conta-corrente e senha, quando solicitam o código PIN - número exclusivo recebido pelo usuário para validar acessos nas redes sociais do celular em outros dispositivos, como o tablet ou computador. O recurso é utilizado por redes sociais como o Telegram e o WhatsApp e protege o acesso do usuário, pois o número não pode ser compartilhado com terceiros.
Falsas pesquisas em nome do TeleSUS e do Datafolha também estão entre os crimes. Os golpistas ligam para a vítima e se passam por representantes do Ministério da Saúde ou do instituto de pesquisa com a desculpa de que estão realizando estudos sobre a Covid-19, pedindo o código PIN enviado ao celular do usuário como "forma de validar a pesquisa" - o que é mentira.
Falsas promoções envolvendo restaurantes luxuosos que oferecem um jantar ou hotéis que fornecem uma diária foram constantes. Nesses casos, os criminosos pedem os dados pessoais, telefone e código PIN para validar a participação do usuário na falsa promoção.
Dicas para proteção
O laboratório elencou algumas dicas para os usuários se protegerem de golpes não só em WhatsApp, mas em outras plataformas digitais. Dentre elas, verificar se o conteúdo é confiável. Em seu site, o dfndr lab disponibiliza a checagem de links.
Confira outras dicas:
- Tenha um bom sistema de segurança no celular; dê preferência a aplicativos que alertam em tempo real que você recebeu um conteúdo malicioso nas redes sociais. O próprio laboratório tem aplicativos disponíveis para Android e iOS.
- Compre apenas em sites confiáveis; verificar se a loja tem endereço, telefone e CNPJ estão entre as orientações do laboratório. Lembre-se que grandes empresas também costumam ter seus perfis em redes sociais como o Twitter, Instagram e Facebook com um selo de verificação.
- Nunca forneça dados pessoais ou bancários em sites de procedência desconhecida; desconfie de grandes promoções que prometem grandes brindes. Sempre procure os sites oficiais das lojas para confirmar a veracidade da promoção antes de clicar em algum link suspeito.
*O Povo Online
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