sexta-feira, 28 de agosto de 2020

IBGE: 1,1 milhão de pessoas voltaram ao trabalho no início de agosto

População nas ruas de Cuiabá após reabertura do comércio.

Cerca de 1,1 milhão de pessoas voltaram ao trabalho na primeira semana de agosto (dias 2 a 8), depois de ficarem afastadas por causa do distanciamento social provocado pela pandemia de covid-19. Com isso, cerca de 4,7 milhões de pessoas (5,7% da população ocupada) continuavam afastadas do trabalho no início do mês. O resultado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid-19) semanal, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Não houve coleta de dados na última semana de julho (de 26 de julho a 1º de agosto), devido a uma parada técnica da pesquisa. Mas, na penúltima semana daquele mês (dias 19 a 25), a população afastada chegava a 5,8 milhões, ou 7,1% da população ocupada.

Na primeira semana da pesquisa (de 3 a 9 de maio), o afastamento atingiu 16,6 milhões de trabalhadores, ou 19,8% da população ocupada.

A população ocupada do país foi estimada em 81,6 milhões na semana de 2 a 8 de agosto. Isso representa estabilidade em relação à penúltima semana de julho, quando o número era de 81,2 milhões de pessoas, mas de queda em relação à semana de 3 a 9 de maio. Lá eram 83,9 milhões de pessoas.

A população ocupada e não afastada do trabalho chegou a 74,7 milhões de pessoas, uma elevação na comparação com a penúltima semana de julho, quando eram 72,3 milhões e ainda em relação à semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões).

Dessas pessoas, 8,6 milhões ou 11,5%, da população ocupada e não afastada, trabalhavam remotamente. O contingente representa estabilidade frente a penúltima semana de julho (8,3 milhões ou 11,5%) e, em números absolutos, em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões). No entanto, em termos percentuais frente àquela semana (13,4%) houve queda.

O nível de ocupação (47,9%) ficou estável na comparação à penúltima semana de julho (47,7%), mas com recuo em relação à semana de 3 a 9 de maio (49,4%).
Informalidade

A taxa de informalidade aproximada registrou 34,2% e também mostrou estabilidade em relação à penúltima semana de julho (33,5%), mas recuou n comparação com a semana de 3 a 9 de maio (35,7%).

A população desocupada de 12,6 milhões de pessoas, também é uma estabilidade frente a penúltima semana de julho, quando era 12,9 milhões, mas superior à da semana entre 3 e 9 de maio de 9,8 milhões. Com o resultado, a taxa de desocupação atingiu 13,3% no período de 2 a 8 de agosto, o que representa estabilidade em relação à penúltima semana de julho (13,7%) e alta na comparação com a primeira semana de maio (10,5%).

Ainda na primeira semana de agosto, a taxa de participação na força de trabalho (55,3%) ficou estável, tanto na comparação com a da penúltima semana de julho (55,3%), como com a primeira semana de maio (55,2%).

Os que não estavam trabalhando nem procuravam por trabalho, ou seja, fora da força de trabalho, chegaram a 76,1 milhões de pessoas, e permaneceu estável na comparação à penúltima semana de julho (76,0 milhões), como também em relação à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões). Entre essas pessoas, cerca de 28,1 milhões, ou 36,9% da população fora da força de trabalho, gostariam de trabalhar. Isso significa estabilidade em relação à penúltima semana de julho (28,0 milhões ou 36,9%) e ainda na comparação com a semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).

A pandemia e a falta de ocupação na localidade em que moravam foram os motivos de cerca de 18,3 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho. Esse contingente, que corresponde a 24,1% das pessoas fora da força, permaneceu estável em relação à penúltima semana de julho (18,5 milhões ou 24,4%) e à semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 25,1%).
Pandemia

Na primeira semana de agosto, a Pnad Covid-19 estimou em 13 milhões de pessoas (ou 6,2% da população do país), as que apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à doença como febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular, que são os investigados pela pesquisa.

O total representa estabilidade na comparação à penúltima semana de julho (13,3 milhões ou 6,3% da população) e queda em relação à semana de 3 a 9 de maio (26,8 milhões ou 12,7%).

Entre os que tiveram algum sintoma, cerca de 3,2 milhões de pessoas ou 24,3%, procuraram estabelecimento de saúde em busca de atendimento em postos de saúde, equipe de saúde da família, unidade de pronto atendimento (UPA), pronto-socorro ou hospital do SUS ou, ainda, ambulatório /consultório, pronto-socorro ou hospital privado, o que significa que ficou estável em relação à penúltima semana de julho (3,3 milhões ou 24,3%) e em números absolutos, apesar de ter alta em termos percentuais frente a semana de 3 a 9 de maio, quando ficou em 3,7 milhões ou 13,7%. Os atendimentos na rede pública de saúde superaram os 82%.

*agenciabrasil

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