quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Cúpula do Senado reúne oito alvos da Justiça

Prédio onde funciona o Congresso Nacional, em Brasília
(foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil )


Dos 11 parlamentares que vão comandar o Senado nos próximos dois anos, oito têm problemas com a Justiça, já foram denunciados ou condenados. A começar do presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), que apuram irregularidades como a utilização de notas fiscais falsas na campanha de 2014, quando foi eleito senador. Ele também é alvo de processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que poderá cassar o seu mandato.

Eleito nesta quarta-feira, 6, vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia (PSDB-MG) é investigado no STF em apuração sobre o repasse de R$ 6 milhões em vantagens indevidas da Odebrecht ao grupo político do atual deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) nas eleições de 2014. Um outro inquérito, que apura irregularidades na campanha de 2010, foi encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas. 

Já o senador Sérgio Petecão (PSD-AC), é alvo de três processos que tramitam na primeira instância. Ele foi eleito nesta quarta como primeiro-secretário do Senado. Os casos dizem respeito a desvio de recursos públicos e omissão na declaração de bens à Justiça Eleitoral.
O segundo-secretário, senador Eduardo Gomes (MDB-TO) já foi denunciado pelo Ministério Público Federal de ter feito pagamento de despesas da Câmara Municipal de Palmas com licitações fraudulentas e produtos superfaturados.

Eleito para comandar a Terceira-Secretaria do Senado, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) é alvo de inquérito que investiga a falsificação de documento público para fins eleitorais. O senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), da Quarta-Secretaria, já foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em ação de improbidade administrativa por desvio de finalidade de verba orçamentária quando foi prefeito de São Borja.
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Suplentes da Mesa do Senado também têm problemas. É o caso do senador Weverton Rocha (PDT-MA), que se tornou réu pelos crimes de peculato e dispensa ilegal de licitação.

Sob suspeita de desvio de verbas relacionadas às obras da Arena Fonte Nova, o senador Jaques Wagner (PT-BA) -Terceiro-Suplente - foi alvo da Operação Cartão Vermelho.

Defesa

Anastasia disse em nota que "nunca tratou de qualquer assunto ilícito". Petecão afirmou que sofre "muita perseguição política"; a assessoria de Weverton Rocha informou que a ministra Rosa Weber "decidiu que não há que se falar em peculato praticado pelo senador". Em nota, Flávio Bolsonaro disse que a denuncia contra ele é "sem fundamento". Segundo a assessoria de Eduardo Gomes, seu caso já foi arquivado. Os demais não responderam até a conclusão desta edição. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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