terça-feira, 20 de junho de 2017

PF encontra indícios de corrupção contra Temer

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Brasília. O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu relatório parcial das investigações da Polícia Federal no inquérito do qual o presidente Michel Temer faz parte. Para os investigadores, houve crime de corrupção.

A conclusão considera, além dos indícios e de outras provas, duas conversas entre o diretor da JBS Ricardo Saud e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures que já foram periciadas e ajudam a reforçar os indícios de crime. Foi pedido ainda um prazo adicional de cinco dias para apresentar uma conclusão sobre o crime de obstrução de Justiça.

Esse tempo será usado para concluir a perícia no áudio da gravação do dono da JBS com Temer. A PF teria optado por ser mais cautelosa nesse ponto.

O prazo inicial dado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato, foi de dez dias. Depois, a pedido da PF, foram concedidos mais cinco dias. Agora, o ministro vai decidir se estende ainda mais o prazo.

Denúncia de Janot

Também ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal parecer contrário ao pedido de arquivamento do inquérito que tramita no contra Temer na corte.

O procurador-geral argumentou, no entanto, que só vai analisar o pedido mais a fundo quando receber a conclusão das investigações da PF. Com o material em mãos, Janot vai decidir se arquiva ou se apresenta denúncia contra Temer perante o STF.

Temer é investigado pela procuradoria-geral da República, que deve oferecer denúncia contra eles nos próximos dias com base na delação dos donos e executivos da JBS.

Joesley disse aos investigadores que o Temer era o destinatário final da mala com R$ 500 mil entregue a Rocha Loures.

O dinheiro foi devolvido pelo ex-deputado, que também atuou como assessor especial da Presidência. Rocha Loures está preso desde o dia 3 de junho.

Temer também é investigado por obstrução à Justiça. Ele foi gravado por Joesley no Jaburu. No encontro, o dono da JBS disse que estava "de bem" com Eduardo Cunha na cadeia, "todo mês", e Temer respondeu: "tem que manter isso, viu?". O diálogo foi interpretado pelos investigadores como uma tentativa de comprar o silêncio de Cunha.

Lava-Jato

Na semana em que o STF se prepara para debater o instrumento da delação premiada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez, na noite de ontem, um duro discurso em defesa da Operação Lava-Jato.

"Estamos em guerra contra um inimigo sem face! Não é definitivamente uma guerra contra pessoas ou contra partidos; mas, sim, contra a impunidade e a corrupção que dilapida o patrimônio do País. Mas não estamos sozinhos. Contamos com o nosso brioso Judiciário, que não deixará se influenciar por pressões políticas e saberá julgar com imparcialidade, sem concessões aos poderosos de turno", disse Janot, durante a abertura de um seminário no Conselho Nacional do Ministério Público.


Fonte: Diário do Nordeste

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