quarta-feira, 29 de julho de 2015

Operação encontra cela de 'luxo' dentro de presídio no AM, diz SSP

Eletrodomésticos, frigobar e estoque de alimentos foram encontrados em cela de presídio  (Foto: Divulgação/SSP-AM)


Durante uma revista realizada nesta quarta-feira (29) no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no km 8 da BR-174, foi encontrada uma cela com estrutura de "luxo" na unidade em Manaus. O local possui piso cerâmico, eletrodomésticos, frigobar e estoque de alimentos.

A situação foi constatada durante operação do Exército e da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Em março, no mesmo presídio, havia sido encontrada uma outra cela com estrutura semelhante, onde ficava o líder de uma facção criminosa do estado.

Questionado sobre de quem seria a cela "especial" encontrada nesta quarta, o secretário de Segurança Pública do Estado, Sérgio Fontes, disse que caberia à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) dar esclarecimentos sobre a situação.

"É nosso direito e obrigação fazer essas revistas. A situação da cela deve ser perguntada para o secretário de Administração Penitenciária, pois isso foge à minha competência", afirmou.

O titular da Seap, Louismar Bonates, não acompanhou as primeiras horas da operação de revista, segundo Fontes. A assessoria de comunicação da Seap comunicou que ele esclarecerá a situação em coletiva de imprensa a ser realizada na tarde desta quarta.

Armas e comida armazenada

"Encontramos uma cela com porcelanato, vários freezers com comida, churrasqueira, televisão e muitos estoques [armas artesanais]", disse o secretário de Segurança.

Segundo Fontes, também havia na cela uma grande quantidade de carnes, peixes e outros alimentos.

"Se for a mesma cela descoberta este ano, deveria ter sido desativada. Está lá funcionando ainda. Cela com equipamentos que não deveriam ter, porque diferencia um preso do outro", afirmou o secretário.

A cela descoberta em março era utilizada pelo narcotraficante e líder de uma facção criminosa do Amazonas, João Pinto Carioca, conhecido como "João Branco". Ele conseguiu fugir do Compaj em março e continua foragido. O diretor da unidade prisional foi exonerado na época.

Operação

Na Operação Varredura realizada no Compaj foram usados equipamentos detectores de metal, que tinham sido utilizados em missões no Haiti e em na ocupação do complexo de favelas da Maré no Rio de Janeiro.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), 40 homens do Exército e 122 policiais da Tropa de Choque e Força Tática participaram da operação, que teve início às 6h.

Segundo o Exército, são usados dez aparelhos durante a operação. Eles chegaram a Manaus no domingo (26). Os detectores já foram usados em áreas de conflito e esta é a primeira vez que são utilizados na capital amazonense.

Fonte: G1

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