Dilma e Lula invadem Nordeste, mas deixam Ceará de lado

Uma das principais estratégias do PT nacional para o segundo turno da corrida presidencial é focar no Nordeste, que deu ampla vantagem para o partido no primeiro turno, para compensar a rejeição de São Paulo, maior colégio eleitoral do país.

Para isso, a presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição, e o ex-presidente Lula preparam intensa agenda em, pelo menos, quatro capitais nordestinas: João Pessoa, Salvador, Aracaju e Maceió.

Apesar de ter dado impressionantes 3.087.115 votos para a petista (68,30%) e apenas 676.743 para o tucano Aécio Neves (14,97%), o Ceará ficou – e deverá permanecer – de fora do tour pela região, pois tanto Dilma quanto Lula firmaram acordo de neutralidade no Estado, uma vez que os dois candidatos que concorrem ao Governo local, Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (PMDB) declaram voto e apoiam a reeleição da presidente.

Agenda de Dilma

Dilma Rousseff chega hoje (8) a João Pessoa, onde se reunirá com prefeitos e líderes políticos paraibanos. Na quinta-feira (9), a presidente tem agenda em Salvador, onde também tem encontro com prefeitos, líderes políticos e apoiadores de sua campanha, entre eles, o atual governador, Jaques Wagner, e o governador eleito, Rui Costa, ambos do PT, Ainda na capital baiana, a candidata participará de uma caminhada que terminará em um tradicional ponto turístico cidade: a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim.

De Salvador, Dilma seguirá para Aracaju, onde participará de ato político com apoiadores. Da capital sergipana, Dilma irá a Maceió para encontros com líderes e prefeitos que apoiam sua reeleição.

A missão de Lula

Para compensar a defasagem de votos de São Paulo, que deu mais de quatro milhões de votos de vantagem para Aécio Neves, o PT busca conquistar os votos de Marina Silva (PSB) no Nordeste.

Apesar de Dilma liderar em quase todos os Estados da região, a ex-senadora conquistou 22,92% do eleitorado nordestino e liderou a corrida presidencial em Pernambuco, berço político do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em um acidente aéreo em agosto, durante a campanha presidencial.

Como Campos era bastante próximo de Lula, o PT aposta que o ex-presidente pode ser a arma para conquistar os marineiros neste segundo turno. A agenda do petista ainda está sendo elaborada.

Via Ceará News7