quarta-feira, 23 de abril de 2014

Onde estão os erros da (in)segurança?


Segurança era para ser a grande marca da gestão de Cid Gomes, mas se tornou o maior pesadelo. Investimento alto não significa eficiência. Cid apostou todas as suas fichas no Programa Ronda do Quarteirão, que levaria a policia comunitária para mais próximo da população, gerando um relação de confiança e, por conseguinte ajudando na diminuição dos crimes de toda ordem.

Cid Gomes, assim como os demais gestores públicos brasileiros, não contava, ou subestimou o poder devastador do crack, que flagelou jovens e levou-os a se tornar delinquentes, primeiro roubando tudo o que tinham em casa e dilacerando suas famílias, depois indo para as ruas assaltar a primeira vitima que passe na sua frente, gerando uma sensação de insegurança em quase todas as cidades do Estado, da maior, Fortaleza, as menores.

Nada contra o Ronda do Quarteirão, mas penso que o programa precisa ser revisto. A forma de fazer polícia precisa ser revista. Precisamos de uma policia mais ostensiva do que já é. Homens nas ruas, nas praças, nas esquinas, ocupando pontos estratégicos. As rotas do crack precisam ser mapeadas e as ‘bocadas’ e seus comandantes riscados do mapa. Forças como o Cotam, Gtam e POG é que metem medo na bandidagem. As potentes motos com homens armados ‘até os dentes’ é que intimidam os marginais.

Na outra ponta do problema, precisa que se intensifiquem os tratamentos para os dependentes químicos, mesmo contra a sua vontade, como tenta fazer o estado de São Paulo. Para esse ano não dá mais, mas em outubro iremos eleger nossos representantes no Congresso Nacional pelos próximos quatro anos. Exijamos deles que façam algo de urgente pela reforma do nosso Código Penal, que ainda é da década de 50 do século passado, quando o Brasil tinha menos da metade da população que tem hoje.

Aos poucos, acuados, estamos vendo crescer pelas ruas do Brasil, e de Sobral, a reação das pessoas adotando a lei do ‘olho por olho, dente por dente’ quando pegam alguém praticando qualquer que seja o delito. Será que iremos ter que ver essa guerra sórdida tomar conta da nossa sociedade? Será?


Via: Sobral em Revista

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