Deputado Marcos Sobreira (PDT) - Foto: Junior Pio
O deputado Marcos Sobreira (PDT) ressaltou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quinta-feira (02/05), denúncias envolvendo o Consórcio Público de Saúde da Microrregião de Iguatu e a necessidade da prestação de contas por parte desse consórcio.
Segundo o parlamentar, o consórcio de saúde, pensado pelo ex-governador Cid Gomes, é um processo inovador, mas existe necessidade de mudar e rever o método de escolha dos presidentes. “Os consórcios regionais dispõem de policlínicas espalhadas pelo interior do Ceará, com atendimento médico especializado. Um modelo bem-sucedido, mas a escolha dos presidentes está sendo uma cilada. Prefeitos que não conseguem nem administrar o município passaram a administrar consórcios e fazer prefeituras paralelas, usando o consórcio para benefício direto”, apontou.
O deputado frisou que, em 2023, recebeu diversas denúncias de moradores da região Centro-Sul, dos nove municípios que fazem parte do consórcio de saúde, reclamando do atendimento, serviço e equipamentos quebrados. “Verificamos, e o Ceará está com os recursos em dia, as nove prefeituras também aportando em dia. Mas o Consórcio Público de Saúde da Microrregião de Iguatu está quebrado, com ausência de serviços e denúncias de fura-fila prejudicando também todos os municípios da região”, lamentou.
Marcos Sobreira destacou ainda que, em novembro de 2023, teve um requerimento aprovado na Casa solicitando a prestação de contas, relação de serviços, pacientes atendidos, débito com fornecedores e demais informações ao presidente do Consórcio de Iguatu, também prefeito de Saboeiro, Marcondes Ferraz. “Infelizmente nenhuma prestação de contas foi feita. Solicitei que entregassem em mãos ofício pedindo essa prestação de contas, mas até agora nada. Que medo é esse de prestar contas?”, questionou.
Marcos Sobreira salientou também que vai acionar a Secretaria de Saúde do Estado e a Comissão de Saúde da Casa. “Vamos entrar com ação judicial. O Estado, que é o que mais aporta, está com tudo em dia. Falta transparência da presidência do consórcio. Estão desrespeitando esta Casa, o povo e a lei da transparência”, afirmou.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSD) propôs que o parlamentar solicitasse uma audiência pública exigindo a presença do Ministério Público e técnicos especializados para buscar soluções.
*ALECE
Por Giovanna Munhoz
Edição: Adriana Thomasi
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