Deputado Fernando Santana (PT) - Foto: Junior Pio
O deputado Fernando Santana (PT) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará, nesta quinta-feira (26/10), a reunião realizada ontem (25/10) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a Enel e apontou que a empresa tem dificultado investimentos de empresas de energia no Estado.
O colegiado realizou mais uma oitiva e recebeu o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. De acordo com Fernando Santana, Rodrigo Sauaia destacou que, apesar do potencial energético do Ceará, há diversos projetos barrados pela Enel no Estado.
“Só de pedidos para trabalhar no segmento de energia solar são 157 projetos represados na Enel, 726 milhões em investimentos represados, 5.445 empregos que estão deixando de ser gerados e R$ 2,2 bilhões que deixaram de entrar na economia local por descaso da Enel. Descaso porque a empresa tem dinheiro para fazer os investimentos e não faz”, afirmou o presidente da CPI da Enel na Alece.
O custo de instalação desses projetos, conforme o parlamentar, gira em torno de R$ 4 milhões, mas a Enel aumenta esse valor para cerca de R$ 233 milhões para os empresários se instalarem no Ceará. Fernando Santana chamou a atenção ainda para que esse cenário não atrapalhe o desenvolvimento previsto com a instalação de energias renováveis.
O deputado Felipe Mota (União), em aparte, afirmou que a Enel deveria ser uma parceira do Governo do Ceará no caminho do desenvolvimento, mas, atualmente, “é o maior inimigo no desenvolvimento, crescimento e na geração de renda, no crescimento do setor produtivo, porque está criando imbróglios que assustam o mercado. Segundo ele, é necessário agir de imediato, para não perder as oportunidades em vista no Ceará, e defendeu uma nova concessão. “Vamos fazer um novo leilão, com novas características ambientais, com novas regras, mostrando onde serão instaladas as novas linhas de transmissão, estações, para que o Ceará cresça e tenha o desenvolvimento merecido, inclusive no interior do Estado”, observou.
O deputado Almir Bié (Progressitas) corroborou com Felipe Mota e defendeu uma nova concessão de empresa de energia. Já o deputado Bruno Pedrosa (PDT) enfatizou as perdas de investimentos e de geração de empregos no Ceará diante dos projetos represados na Enel.
*ALECE
Por Gleydson Silva
Edição: Adriana Thomasi
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