domingo, 7 de novembro de 2021

Norte, Sertão Central e Cariri: hospitais da Rede Sesa ampliam acesso a especialidades médicas no interior cearense

 

As três unidades são acreditadas com reconhecimento nacional ou internacional de padrões de qualidade, segurança do paciente e gestão integrada.

Equipamentos de referência em suas macrorregiões, os Hospitais Regionais Norte (HRN), em Sobral, do Cariri (HRC), em Juazeiro do Norte, e do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, ofertam à população especialidades médicas e serviços antes inexistentes ou com pouca expressividade em cada região. As três unidades da Rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), geridas pelo Instituto de Gestão e Saúde Hospitalar (ISGH), são acreditadas com reconhecimento nacional ou internacional de padrões de qualidade, segurança do paciente e gestão integrada.
Hospital Regional do Cariri

Inaugurado há dez anos, o HRC trouxe uma mudança de realidade para a população do sul cearense. Procedimentos que antes precisavam ser realizados na em Fortaleza passaram a ser feitos no Cariri, o que possibilitou mais comodidade a cerca de 1,5 milhão de pessoas em 45 municípios. Atualmente com 302 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermarias disponíveis, o equipamento é o único que pertence integralmente ao Sistema Único de Saúde (SUS) na região.

Hoje, além dos selos de acreditação, é o único hospital do interior do Ceará selecionado para participar do Projeto Lean, que tem como foco otimizar processos, reduzir desperdícios e tempo de internações nas unidades. A iniciativa é desenvolvida por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi – SUS) e executado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês.



HRC atende cerca de 1,5 milhão de pessoas em 45 municípios da região

O HRC se consolida em duas principais linhas de cuidado. A primeira é a traumato-ortopedia, porta de entrada para casos de alta complexidade em toda a região. Segundo Frederico Alencar, coordenador do setor, “o HRC foi pensado para atender pacientes com complexidade alta, os quais não conseguem ser tratados nos hospitais secundários da Rede Sesa, por não terem estrutura física e corpo clínico que consigam dar essa resolutividade”. O hospital dispõe de uma equipe multidisciplinar, possibilitando que pacientes que demandem avaliação de vários especialistas, como ortopedista, cirurgião vascular, neurocirurgião, cirurgião plástico e cirurgião-geral, tenham acesso a eles em um mesmo lugar.

A segunda linha de cuidado em que o HRC é referência é no tratamento de pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). A Emergência do hospital funciona 24 horas todos os dias da semana para a recepção dos pacientes. Logo que dão entrada, estes já são encaminhados para os exames e para a aplicação da medicação específica: o trombolítico, que diminui a mortalidade e a morbidade dos pacientes que têm AVC na fase adulta. O equipamento possui, ainda, uma unidade de AVC, na qual é possível o acesso a especialistas. Após a alta, caso seja necessário, o paciente é encaminhado para o serviço de reabilitação multidisciplinar, que conta com médico neurologista, profissional de Enfermagem, nutricionista, fisioterapeuta e assistente social.

Além disso, desde o início da pandemia de Covid-19, o HRC se tornou referência para casos graves da doença, tendo quantidade de UTIs e enfermarias ampliadas para atender à demanda, sem deixar de receber casos que já eram atendidos na unidade.

Hospital Regional Norte

Maior unidade em área do interior nordestino e referência no atendimento a casos de média e alta complexidades, o HRN irá celebrar nove anos de funcionamento em janeiro de 2022. Inaugurado em 2013, o hospital já superou, até 2020, 390 mil atendimentos nas Emergências Adulto e Pediátrica. Segunda unidade hospitalar de nível terciário construída pelo Governo do Ceará no Interior, há mais de oito anos o HRN atende a população de, aproximadamente, 1,6 milhão de pessoas dos 55 municípios que integram a zona norte cearense.



Com quase nove anos de atividades, HRN se consolida como maior unidade em área do interior do Nordeste

Com capacidade operacional de 430 leitos de observação e internação, o equipamento é constituído por vários serviços – que incluem processos finalísticos, de apoio e gerenciais. A estrutura de assistência do HRN é ampla, com atendimento 24 horas em urgência e emergência em diferentes especialidades, entre elas: Cirurgia-geral, Cirurgia Vascular, Clínica Médica, Endoscopia Alta e Baixa, Neonatologia, Pediatria e Obstetrícia. O HRN possui atendimento em Neurocirurgia, Otorrinolaringologia e conta com Ambulatório de Hematologia e ofertas de exames de imagem. A unidade também é referência única para urgências e emergências pediátricas e para urgências e emergências clínicas e cirúrgicas adultas. O hospital tem em sua estrutura, ainda, o Centro de Apoio à Saúde Reprodutiva da Mulher (CASRM) para pacientes vinculadas e reguladas.

Segundo o diretor-geral, Daniel Hardy Melo, o Hospital Regional Norte tem gerado um impacto substancial no acesso à saúde da população local. “Além do impacto positivo na prestação do atendimento à população, o HRN avançou na qualidade da gestão dos serviços, bem como nos aspectos relacionados à segurança do paciente. Somos um hospital Acreditado com Excelência Nível 3 pela ONA [Organização Nacional de Acreditação] e desenvolvemos projetos importantes do Ministério da Saúde junto a hospitais de referência no País”, destaca. “Nosso objetivo é ampliar a assistência à população, ofertando mais serviços”, complementa a diretora de Processos Assistenciais, Aline Valeriano Moura Honório.

Hospital Regional do Sertão Central

O HRSC, localizado em Quixeramobim, iniciou suas atividades no dia 26 de setembro de 2016. É o terceiro hospital terciário construído pelo Estado no interior cearense, dispondo de 222 leitos clínicos e 40 leitos de UTI (Adulto, Covid-19 e Neonatal). Atende a casos de alta complexidade da população dos municípios de Boa Viagem, Canindé, Caridade, Itatira, Madalena, Paramoti, Banabuiú, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga, Milhã, Pedra Branca, Quixadá, Quixeramobim, Senador Pompeu, Solonópole, Aiuaba, Arneiroz, Parambu e Tauá.

O início das atividades foi realizado de forma gradativa e organizada. Primeiro com a abertura do ambulatório, em 2016. Depois, com os serviços de Cirurgia-geral, Clínica Médica, UTI e a Unidade de Cuidados (UCE), em 2017.



Em 2020, HRSC foi o primeiro hospital da América Latina a receber certificação Nível Ótimo no processo de Acreditação realizado pela Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía

Para o diretor de processos assistenciais do HRSC, Cristiano Rabelo, o primeiro grande impacto para a região foi a abertura da UTI. “Com a chegada da UTI, o HRSC começou a resolver coisas que só se resolveriam na Capital. 
Consequentemente, com a UTI montada, veio a hemodiálise. Então, começamos a tratar aqueles pacientes críticos e graves. Foi possível também começar a realizar cirurgias gerais em pacientes, principalmente em idosos, porque tinha um suporte da UTI. Começamos a fazer grandes cirurgias de grande porte, cirurgias de urgência, cirurgias eletivas que necessitavam de um monitoramento melhor”, explica o diretor.

No ano seguinte, em 2018, foram abertos os setores de AVC, Traumatologia de alta complexidade e Neonatologia. Em 2019, foram abertos os serviços de Obstetrícia e de Neurocirurgia. Em 2020, a pandemia trouxe a abertura dos setores Covid-19, com a instalação de unidades de campanha. “ Não podemos esquecer o impacto para a Covid-19. Foram quase cinco mil altas. Em alguns momentos, no auge da pandemia, chegamos a ter 180 leitos clínicos e 76 de UTI. O HRSC ajudou muito o Sertão Central e outras regiões”, pontua Rabelo.

Nestes cinco anos de existência, a unidade tornou-se referência pela qualidade e excelência nos serviços prestados à população. Em 2020, foi o primeiro hospital público da América Latina a receber a certificação Nível Ótimo no processo de Acreditação realizado pela Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía (ACSA). O HRSC também foi certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por alcançar 100% de conformidade aos indicadores de práticas de segurança do paciente, segundo a Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente – 2020, realizada em parceria com o Núcleo de Segurança do Paciente da Vigilância Sanitária do Ceará.

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