Seringas sem agulha não são exatamente novidade, mas são bastante limitadas. Tipos de droga diferentes são injetados em lugares diferentes, alguns são aplicados no músculo, outros precisam ir direto para a corrente sanguínea. Com uma agulha um profissional capacitado consegue injetar o medicamento no lugar correto. Já os sistemas sem agulha funcionam com molas, gases comprimidos e químicos explosivos para impulsionar e transportar a droga através da pele. O impulso nesses casos tem intensidade fixa e, portanto, a droga é enviada a uma profundidade fixa. Isso torna as seringas sem agulha pouco versáteis.
A ideia de Ian Hunter, no entanto, utiliza introdução eletromagnética. O êmbolo da seringa tem um ímã e é cercado por uma bobina de fios. Passando uma corrente elétrica pela bobina produz uma força no êmbolo proporcional à corrente. Dessa forma, a rapidez com a qual a droga é injetada, logo a profundidade que ela atinge, pode ser controlada.
O mecanismo, criado em parceria com os colegas Andrew Taberner, do Auckland Bioengineering Institute da Nova Zealândia e Catherine Hogan, também do MIT, funcionou nos testes em blocos de gel moldados para imitar a carne humana e também em animais. No artigo publicado no Medical Engineering & Physics os pesquisadores afirmam que tanto a profundidade quanto a quantidade de fluido injetado podem ser controlados com precisão. O próximo passo do sistema é o teste em humanos. Se funcionar, pode ser o fim de muitas picadinhas doloridas.
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