segunda-feira, 4 de junho de 2012

Injeção sem agulha é aprimorada

article imageTomar injeção é algo de que a maioria das pessoas não gosta, mas sabe que tem que fazer quando necessário. O problema maior é para pessoas que têm que tomá-las todos os dias, como os diabéticos por exemplo. A pele fica machucada e sensível com a frequência das agulhadas. Também é comum que médicos e enfermeiras se furem acidentalmente. Segundos os Centros para Controle de Doenças dos Estados Unidos isso acontece 385 mil vezes por ano. Considerando tudo isso, uma alternativa às injeções com agulha seria um bom avanço. É exatamente isso que Ian Hunter, do Massachusetts Institute of Technology (MIT) pesquisa.
Seringas sem agulha não são exatamente novidade, mas são bastante limitadas. Tipos de droga diferentes são injetados em lugares diferentes, alguns são aplicados no músculo, outros precisam ir direto para a corrente sanguínea. Com uma agulha um profissional capacitado consegue injetar o medicamento no lugar correto. Já os sistemas sem agulha funcionam com molas, gases comprimidos e químicos explosivos para impulsionar e transportar a droga através da pele. O impulso nesses casos tem intensidade fixa e, portanto, a droga é enviada a uma profundidade fixa. Isso torna as seringas sem agulha pouco versáteis.
A ideia de Ian Hunter, no entanto, utiliza introdução eletromagnética. O êmbolo da seringa tem um ímã e é cercado por uma bobina de fios. Passando uma corrente elétrica pela bobina produz uma força no êmbolo proporcional à corrente. Dessa forma, a rapidez com a qual a droga é injetada, logo a profundidade que ela atinge, pode ser controlada.
O mecanismo, criado em parceria com os colegas Andrew Taberner, do Auckland Bioengineering Institute da Nova Zealândia e Catherine Hogan, também do MIT, funcionou nos testes em blocos de gel moldados para imitar a carne humana e também em animais. No artigo publicado no Medical Engineering & Physics os pesquisadores afirmam que tanto a profundidade quanto a quantidade de fluido injetado podem ser controlados com precisão. O próximo passo do sistema é o teste em humanos. Se funcionar, pode ser o fim de muitas picadinhas doloridas.

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