O ex-vocalista do "forro moral", Felipão, em visita a uma casa de recuperação para dependentes químicos nesta quinta-feira 04, em Meruoca, declarou adesão a campanha "crack, tô fora". Acompanhado de Wellington Macedo, presidente do Instituto Filadélfia e idealizador da campanha em Sobral, e da diretoria da Casa Belém, mais aproximadamente 50 ex-dependentes químicos, Felipão contou um pouco de sua carreira cantando forró, falou do seu encontro com Deus e a música gospel, ministrou uma palavra de aconselhamento para os internos e declarou sua adesão a campanha contra as drogas. "Eu quero participar diretamente deste movimento", afirmou em entrevista. O agora cantor gospel, passa o final de semana em Sobral preparando o designer da capa do seu novo CD que deverá ser lançado brevemente, alguns novos louvores já foram gravados e promete ser de grande sucesso. Felipão deverá cantar numa grande mobilização contra as drogas que está sendo articulada pelo Instituto Filadélfia e Casa Belém ainda no mês de outubro em Sobral, outras visitas a Sobral serão articuladas pela organização do "crack, tô fora".
A coordenação da campanha vem realizando forte articulação com o poder público e empresas privadas cearenses, o Governo do Estado, Assembléia Legislativa, SESC, algumas prefeituras e outros orgãos já sinalizaram apoio, o Sistema Verdes Mares também vai aderir com a Tv Diário e Jornal Diário do Nordeste. No próximo sábado 06, o Guarany de Sobral vai vestir a camisa e entrar em campo abraçando literalmente o movimento, o objetivo é mobilizar a sociedade e seus diversos setores, educadores, universitários, profissionais da saúde mental e a família, numa ação preventiva, exclarece Wellington Macedo. "Estamos vendo a pouca eficiência e baixo percentual de recuperação nos métodos atualmente aplicados, o CAPS AD não recebe recurso do Estado e funciona sem uma completa extrutura, as casas de recuperação não tem apoio governamental, todos os setores hoje funcionam separadamente. É de fundamental importância a união de todos os meios e o investimento do estado no CAPS AD e nas casas de recuperação urgente." Adverte Macedo.
Macedo defende que o dependente químico receba atenção desde sua desintoxicação durante uma crise, acompanhamento psiquiátrico, físico, congnitivo e espiritual em no máximo, dois ambientes. Defende que nas casas de recuperação sejam disponibilizados pelo estado, um acompanhamento de profissionais da saúde mental, social, personal treinner com equipamentos adequados, cursos profissionalizantes e outras ocupações no intuito de ocupar a mente dos internos o máximo possíve e que possam sair curados e com emprego garantido.
A preocupação com o crescimento do consumo de drogas e no índice de criminalidade vem tirando o sono de muitos prefeitos cearenses. Numa conversa informal, um prefeito da região Norte comentou que não sabe mais a quem recorrer. "Eu estou muito preocupado, não sei mais o que fazer nem a quem recorrer, já perdi alguns amigos, hoje eles são traficantes", declarou o prefeito, sem se identificar.
FONTE: WELLINGTON MACEDO-ORGANIZADOR DA CAMPANHA
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