O mês de maio foi trágico para o Governo do Estado nos setores da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário. Além de uma mega rebelião que destruiu seis unidades carcerárias, deixou 14 detentos mortos e um número ainda não calculado de fugas, os homicídios ultrapassaram a taxa de 300 casos. Delegacias da Polícia Civil estão paradas com superlotação de presos e falta de combustíveis para as viaturas.
Somem-se a todos esses problemas, o fato de que em apenas cinco meses de 2016 já são, nada menos, que 100 mulheres assassinadas no Ceará. Três ataques a carros-fortes foram praticados com ousadia e violência e os roubos a bancos e agências dos Correios acontecem todas as semanas.
E para completar a lista de “dores de cabeça” para os secretários das duas Pastas, o recorde no número de policiais mortos pelas mãos de bandidos armados.
Fugas
Em menos de duas semanas, quase duas centenas de pessoas que estavam aprisionadas em cadeias públicas, presídios, penitenciárias, delegacias de Polícia e centros educacionais fugiram. Poucas foram recapturadas.
Somente nos centros educacionais Passaré e Patativa do Assaré, em Fortaleza, 74 adolescentes infratores conseguiram fugir em menos de uma semana. Além disso, os menores fizeram reféns e causaram destruição nas unidades.
Nas delegacias da Polícia Civil da Grande Fortaleza (Capital mais Região Metropolitana) a última contagem feita pela cúpula da instituição revelou que 936 presos estão ocupando as carceragens sem prazo para que ocorra a transferência para o Sistema Penitenciário. Duas fugas foram registradas nas últimas 96 horas. Do 20º DP (Conjunto Timbó) escaparam 14 no último fim de semana. Da Delegacia Metropolitana de Itaitinga, outros três.
Na Cadeia Publica de Russas, foram 16 presos que fugiram. Outros 30 em Camocim e três em Icó.
Por FERNANDO RIBEIRO
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