A empresa criou laços de negócios e intimidade com o Governo Federal e se transformou em um dos alvos das investigações no escândalo de corrupção da Petrobras. A importância e a influência da Engevix no ciclo de poder do Partido dos Trabalhadores na Presidência da República podem ser dimensionadas pelos números: em 2004, a empresa valia R$ 141 milhões e, dez anos depois, estava faturando R$ 3,3 bilhões.
O engenheiro José Antunes revelou em depoimento ao Ministério Público Federal e à Justiça Federal, segundo a revista Época, edição desse domingo, detalhes dos caminhos para ter conseguido tantas obras. Antunes, de acordo com a ampla reportagem, que o define como o ‘’homem que sabia demais’’, conheceu e participou do esquema de propina em grandes obras e, também, na liberação de empréstimos do BNDES e BNB.
A reportagem relata trechos da delação premiada do dono da Engevix com citações a nomes de políticos, como vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros, ao Ministro da Secretaria de Comunicação do Governo Federal, Edinho Silva, e a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Erenice assumiu o cargo quando Dilma saiu para concorrer, em 2010, ao Palácio do Planalto.
Em um dos trechos da delação premiada, segundo a revista Época, ‘’Antunes também afirmou ter pago milhões em propina ao caixa clandestino do PT, em razão de vantagens indevidas obtidas pela Engevix na Caixa, no Fundo de pensão do banco, a Funcef, em Belo Monte, na Petrobras e no Banco do Nordeste’’.
A reportagem não faz referência ao período em que esse esquema passou pelo BNB, nem cita nomes de ex-dirigentes da instituição e políticos com influência no banco que teriam sido beneficiários do esquema de propina. As investigações, com base no depoimento do dono da Engevix, fazem parte de mais uma etapa da Operação Lava Jato.
Via Ceará Agora.
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