As palavras do ministro incendiaram a Câmara dos Deputados e provocaram uma crise institucional com a presidente Dilma Rousseff. Diante desse novo acontecimento, é iminente a derrota de todas as propostas da presidente Dilma encaminhadas à Câmara.
Segundo informações divulgadas pela imprensa, o ministro afirmou que, para pelo menos 300 deputados, “quanto pior [estiver o governo], melhor”. “Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais, aprovarem as emendas impositivas (...)”, disse Gomes, ressaltando que emitia opiniões pessoais e que não falava como ministro.
Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), o ministro tem de vir ao Congresso para apontar quem seriam os "achacadores" a que se referiu. Caso contrário, ofende todos os parlamentares. "Ele tem de dizer ao Brasil quem achacou, de que forma isso aconteceu e em que circuntâncias", disse.
Já o deputado Silvio Costa (PSC-PE), que é um dos vice-líderes do governo na Câmara, minimizou as declarações de Cid Gomes. Segundo ele, o ministro não se referiu a corrupção. "Se alguém abrir o dicionário, vai ver que um dos sinônimos de achacar é desagradar. Tenho certeza de que Cid Gomes, quando usou a palavra achacar, foi no sentido de desagradar", disse.
Guimarães, Líder do Governo tentou acalmar.
O líder do governo, deputado José Guimarães (CE), tentou acalmar o Plenário e pedir que os deputados não cheguem a um processo de radicalização e não transformem em crise a declaração do ministro da Educação, Cid Gomes, que se referiu aos parlamentares como "achacadores".
"Não podemos tocar fogo num paiol como se fosse o fim do mundo. Foi uma declaração infeliz, e eu prefiro trabalhar para que o ministro venha aqui e esclareça tudo para retomarmos o diálogo", ponderou Guimarães.
Ele pediu ainda que o projeto que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes - PL 4372/12) não seja prejudicado. O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, disse que não pautaria a matéria. "Não vamos misturar um assunto com outro", pediu Guimarães
Fonte: Ceará News7
Nenhum comentário:
Postar um comentário