quarta-feira, 4 de março de 2015

POLÊMICA-Câmara convoca Cid Gomes para nominar em plenário os 400 deputados 'achacadores'


A Câmara dos Deputados aprovou agora à tarde requerimento do DEM que pede a convocação do ministro da Educação, Cid Gomes, para esclarecer declarações que deu em visita à Universidade Federal do Pará, na última sexta-feira (27), sobre a Câmara dos Deputados.

As palavras do ministro incendiaram a Câmara dos Deputados e provocaram uma crise institucional com a presidente Dilma Rousseff. Diante desse novo acontecimento, é iminente a derrota de todas as propostas da presidente Dilma encaminhadas à Câmara.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, o ministro afirmou que, para pelo menos 300 deputados, “quanto pior [estiver o governo], melhor”. “Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais, aprovarem as emendas impositivas (...)”, disse Gomes, ressaltando que emitia opiniões pessoais e que não falava como ministro.

Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), o ministro tem de vir ao Congresso para apontar quem seriam os "achacadores" a que se referiu. Caso contrário, ofende todos os parlamentares. "Ele tem de dizer ao Brasil quem achacou, de que forma isso aconteceu e em que circuntâncias", disse.

Já o deputado Silvio Costa (PSC-PE), que é um dos vice-líderes do governo na Câmara, minimizou as declarações de Cid Gomes. Segundo ele, o ministro não se referiu a corrupção. "Se alguém abrir o dicionário, vai ver que um dos sinônimos de achacar é desagradar. Tenho certeza de que Cid Gomes, quando usou a palavra achacar, foi no sentido de desagradar", disse.


Guimarães, Líder do Governo tentou acalmar.

O líder do governo, deputado José Guimarães (CE), tentou acalmar o Plenário e pedir que os deputados não cheguem a um processo de radicalização e não transformem em crise a declaração do ministro da Educação, Cid Gomes, que se referiu aos parlamentares como "achacadores".

"Não podemos tocar fogo num paiol como se fosse o fim do mundo. Foi uma declaração infeliz, e eu prefiro trabalhar para que o ministro venha aqui e esclareça tudo para retomarmos o diálogo", ponderou Guimarães.

Ele pediu ainda que o projeto que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes - PL 4372/12) não seja prejudicado. O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, disse que não pautaria a matéria. "Não vamos misturar um assunto com outro", pediu Guimarães


Fonte: Ceará News7

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