Manifestantes pedem uma equipe do "RAIO" para Sobral, e um cão farejador para auxiliar os trabalhos da Polícia, além de culpar o Código Penal pela banalização da violência no Brasil.
População vai pra rua contra a banalização da violência no interior do Ceará.
A banalização da violência causada pelas brechas do Código Penal, é um dos motivos que levou a população de Sobral, cidade distante 230 km de Fortaleza, a organizar uma manifestação contra a violência neste município. Sem vagas no presídio local, a solução encontrada pelo judiciário é soltar criminosos menos perigosos para gerar vaga para traficantes, assaltantes e homicidas. Segundo o Promotor de Justiça Alexandre Pinto, em entrevista concedida a um programa de rádio local, a justiça só está mandando para a cadeia, os indivíduos de alta periculosidade. Segundo a organização do movimento #Banalizou, que realizou o protesto, os pequenos crimes como, roubos, furtos, arrombamentos e assaltos com arma branca, tem ficado impune, gerando um grande crescimento no índice de crimes praticados principalmente por menores. "Tem dias da semana que se forma um fila com até 50 pessoas na delegacia municipal, para registrar um Boletins de Ocorrência", afirma Wellington Macedo, um dos organizadores do protesto. Macedo ainda falou sobre a falta de um cão farejador para auxiliar o trabalho da Polícia no cumprimento dos mandados de Busca e apreensão contra o tráfico de drogas e prometeu enviar uma lista de reivindicações para o Governador, dentre os pedidos, uma equipe permanente do RAIO para patrulhar as ruas de Sobral e pedindo mais atenção com a segurança dos sobralenses.
Sobral, o município que concentra o maior número de escolas públicas de qualidade do Brasil, sofre com essa epidemia que parece ter saído do controle das autoridades Policiais locais. E para piorar, o contingente de policiais incompatível com o número de habitantes que chega a 190 mil, viaturas do Ronda do Quarteirão quebradas e a demora no atendimento das ocorrências registradas pelo CIOPS, deixa a população cada vez mais assustada, obrigando-as a mudanças de hábitos e muitas vezes presas dentro de casa em regime de prisão domiciliar involuntária, relata Macedo.
Esse sentimento de insegurança fez surgir nas redes sociais, o movimento popular contra a banalização da violência na Princesa do Norte.
"Banalizou, nós vamos reagir em legítima defesa e pela reforma do Código Penal". Este é o tema da mobilização que levou centenas de pessoas a Igreja do Rosário no centro da cidade seguindo em caminhada até a Praça de Cuba,onde estava acontecendo um evento já referente ao dia do Trabalhador. A mobilização teve início por volta das 18h desta quarta-feira 30, contou com o apoio do comercio local e de famílias atingidas diretamente pela violência que parece está se tornando uma epidemia local. Estudantes universitários e do ensino médio, donas de casa e vítimas da violência saíram em caminhada acompanhados por um paredão usado para que os participantes contassem alí, os constrangimentos passados pelo crime.
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