Diego Padgurschi /Folhapress
Boulos classificou a ação de Francischini como "oportunismo político" (leia mais abaixo).
A representação faz referência à participação de Boulos numa manifestação em oposição a Bolsonaro ainda durante a campanha e o acusa de incitar o cometimento de crime.
No evento, a multidão entoou em coro "Ô, Bolsonaro, presta atenção, a sua casa vai virar ocupação". Em resposta ao coro dos manifestantes, Boulos afirmou: "O MTST ocupa terreno improdutivo, a casa do Bolsonaro não me parece uma coisa muito produtiva".
Francischini apresentou um vídeo com as falas de Boulos para justificar a representação.
"O cara que invade casa de pessoas de bem, de famílias, é um terrorista, é bandido. [A procuradora-geral da República] Raquel Dodge precisa pedir a prisão de Boulos", disse Francischini, que este ano se elegeu deputado estadual no Paraná.
Procurado pela reportagem do UOL, Boulos negou que sua fala fosse uma referência à ocupação de fato da casa de Bolsonaro, já que o MTST não tem por política ocupar residências.
"Já tive oportunidade de esclarecer mais de uma vez que isso não procede, não é verdade, e quem mantém dizendo isso, explorando isso, ou está mal informado ou está fazendo por oportunismo político. No caso do Francischini, me parece essa segunda opção", disse.
"O MTST jamais ocupou a casa de quem quer que seja e não ameaçamos ocupar a casa do Bolsonaro, isso é uma situação totalmente descontextualizada", afirmou Boulos.
A frase foi dita por Boulos em ato público no dia 10 de outubro. Então candidato, Bolsonaro criticou a fala e disse que Boulos o ameaçou.
Na época, Boulos respondeu à crítica de Bolsonaro e afirmou que sua declaração foi uma ironia e não uma promessa de invasão. "Quem viu o vídeo e junta lé com cré percebe que foi uma ironia", disse Boulos.
Fonte: UOL
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