quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Dilma chama parlamentares para tapar buraco de R$ 30 bi


A presidente Dilma Rousseff se reuniu, na noite dessa segunda-feira (31/08), em Brasília, com líderes de bancadas para pedir apoio à aprovação da proposta de Orçamento de 2016, que apresenta um déficit de R$ 30,5 bilhões. Dilma quer dividir com os parlamentares o ônus da criação de novos impostos para tapar o buraco orçamentário. A proposta, enviada, nessa segunda-feira, ao Congresso Nacional, apresenta uma despesa maior do que a arrecadação.

Segundo o líder do PROS na Câmara Federal, deputado Domingos Neto, a situação orçamentária foi exposta, mas o governo não apresentou nenhuma “solução pronta” e pediu contribuição aos deputados.

‘’Tem muito deputado que quer ouvir as coisas diretamente dela. Hoje, ela falou com tanta franqueza que se ela falar isso para as bancadas, todo mundo vai compreender que o momento é crítico e que temos que ter responsabilidade com o país’’, disse Domingos, que, ao lado de outros líderes de bancada, defende amplo debate sobre a proposta orçamentária.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT), demonstrou confiança de que o texto terá apoio dos parlamentares. ‘’ Eu não estou vendo grandes dificuldades na discussão e aprovação deste orçamento. Ele é real, é transparente, ele não está maquiado, ele reflete a realidade do Brasil’’, disse Guimarães, afirmando, ainda, que não ouviu ninguém reclamando. ‘’Acho que nós vamos encontrar o ponto de equilíbrio necessário’’, acrescentou.

Segundo José Guimarães, a economia brasileira irá começar se recuperar no próximo ano, como prevê a proposta do governo. ‘’Reflete uma avaliação do mercado. No próximo ano a inflação vai cair para 5,4. Isso é um sinal da recuperação da economia brasileira. A coisa está pegando o ritmo. Nós temos que botar o pé no acelerador’’.

A presidente Dilma aproveitou a reunião para discutir os vetos presidenciais a projetos que serão analisados pelo Congresso na próxima quarta-feira. Entre eles estão uma alternativa ao fator previdenciário e o reajuste dos servidores do Judiciário. Segundo Guimarães, a expectativa é manter as decisões da presidente.

Após recuar sobre a recriação da CPMF, Dilma teria descartado, segundo relatos, qualquer aumento de impostos. Disse aos líderes que está aberta a sugestões de incremento das receitas não tributárias, mas que não incluíssem vendas de ativos de “setores estratégicos”, como a Petrobras. A presidente também pediu que qualquer projeto no Congresso que sirva para destravar os setores de investimento, tecnologia, educação e mineração tivessem a tramitação acelerada.

Fonte: Ceará Agora.

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